Lissauer Vieira buscará ‘frente ampla’ para candidatura em Rio Verde

Candidatura do ex-presidente da Alego reforça o lema do PL para as eleições deste ano que é “plantar em 2024 para colher em 2026”, conforme declarou Bolsonaro em evento em Goiânia no ano passado

Postado em: 06-01-2024 às 09h30
Por: Gabriel Neves Matos
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Um dos principais motes do ex-deputado estadual para disputar a Prefeitura de Rio Verde neste ano, conforme diz, será o de ressaltar a experiência adquirida ao longo de dois mandatos como presidente do Legislativo estadual | Foto: Ruber Couto/Alego

Conhecida sobretudo pela força do agronegócio, a cidade de Rio Verde começa a ter definido os nomes que disputarão a Prefeitura da cidade nas eleições municipais deste ano. Um deles é Lissauer Vieira (PL), ex-presidente da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), que já arrancou a largada da pré-candidatura com o apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro e também do presidente estadual do PL, senador Wilder Morais. 

Vieira diz ao jornal O Hoje que embora sua pré-candidatura esteja selada, o momento é de conversa e negociações, que por enquanto “tudo está caminhando conforme o planejado” e que busca “alianças identificadas ideologicamente com a linha do PL”. “Nós também estamos construindo essa abertura e diálogo para poder montar uma frente ampla. Dentro da cidade também temos buscado lideranças para poder compor chapa”, afirma.

Um dos principais motes do ex-deputado estadual para disputar a Prefeitura de Rio Verde neste ano, conforme diz, será o de ressaltar a experiência adquirida ao longo de dois mandatos como presidente do Legislativo estadual. No período em que comandou a Alego, Vieira era filiado ao PSD, partido que deixou em setembro do ano passado quando migrou para o PL de Valdemar Costa Neto. 

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“Aceitei com muita alegria o convite para me filiar ao PL. Esse novo posicionamento vai ao encontro com o nosso projeto como pré-candidato a prefeito de Rio Verde e estou honrado em poder contar com o apoio irrestrito do Bolsonaro, presidente de honra do Partido”, escreveu Vieira nas redes sociais quando de sua filiação.

Na avaliação de Vieira, que diz querer ouvir os “anseios da população” para formatar um plano de governo, Rio Verde é uma cidade que vive outro nível de problemas. “É uma cidade que não tem mais problemas de interior, mas problemas de uma grande metrópole — e como tal precisa de um gestor à altura”, afirma o pré-candidato que destaca os números do PIB, a força do agro que impulsiona o município e a presença de grandes cooperativas e entidades na cidade.

A candidatura do ex-presidente da Alego reforça o lema do PL para as eleições deste ano que é “plantar em 2024 para colher em 2026”, conforme declarou Bolsonaro em evento em Goiânia no ano passado. Representantes do alto escalão do partido em Goiás trabalham, portanto, com a ideia de conquistar o maior número de prefeituras neste pleito — Rio Verde lista entre os principais municípios — e fazer o maior número de vereadores. 

Ainda nesse sentido, conforme mostrou a coluna Xadrez, Vieira tem mantido conversas com o deputado federal Glaustin da Fokus (Podemos) para aglutinar lideranças de direita que estão em outros partidos. Tanto o PL quanto o Podemos compartilham de afinidades ideológicas e representam o agro e o segmento evangélico. Ainda de acordo com a coluna, por conta dessa aproximação, alguns líderes, como o vereador Paulo Casamento (PSB), caminham para o Podemos. Com um perfil conservador, o pessebista se vê numa encruzilhada ideológica e por isso deixa de apoiar a pré-candidatura de Karlos Cabral (PSB) à prefeitura de Rio Verde. 

A questão ideológica deverá ser não só um pano de fundo nas eleições municipais deste ano, como também será definidora, avalia Vieira. “É uma eleição que mexe mais com as pessoas, mas vejo que a polarização de esquerda e direita vai permanecer nesse pleito também porque depois da ascensão de Bolsonaro à presidência da República, as pessoas começaram a enxergar mais essa divisão política no Brasil”, afirma. “Antigamente não tinha muito disso de partido A ou partido B. Hoje, não. Quem defende a família, o direito de propriedade, por exemplo, são pessoas mais ligadas à ideologia da direita, ao que o Bolsonaro pregou e prega ao longo de sua carreira política.”

E se Rio Verde é o município também conhecido como um dos principais redutos do bolsonarismo em Goiás e no Brasil, Vieira diz que o debate sobre o futuro da cidade deverá ser pautado como a coisa mais importante, mas que as pessoas querem saber é de ideologia. “O cidadão em geral está observando muito de que lado você está. Na minha visão, isso vai ter um peso para definir as eleições de 2024”, diz. “Obviamente minha identidade política é de direita. O meu trabalho sempre foi defender o direito de propriedade, a família, os princípios cristãos. A minha linha é essa e não vai mudar”.

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