Accorsi confirma conversa com o PSD de Vanderlan Cardoso

PT em Goiânia adota estratégia de "frente ampla" para fortalecer candidatura à Prefeitura da Capital

Postado em: 12-01-2024 às 08h30
Por: Gabriel Neves Matos
Imagem Ilustrando a Notícia: Accorsi confirma conversa com o PSD de Vanderlan Cardoso
Ao jornal O Hoje, a petista diz que um desses nomes é o do senador Vanderlan Cardoso (PSD) | Foto: Reprodução/Câmara dos Deputados

A deputada federal Delegada Adriana Accorsi (PT) tem conversado com diversos partidos e lideranças políticas para consolidar sua candidatura à Prefeitura de Goiânia nas eleições municipais deste ano. Ao jornal O Hoje, a petista diz que um desses nomes é o do senador Vanderlan Cardoso (PSD). “Ainda é cedo para falar de aliança”, pondera a parlamentar sobre a possibilidade de montagem de chapa com o pessedista. “Mas eu tenho tido um diálogo com ele também no Congresso Nacional.”

Um dos poucos nomes definidos, até o momento, como pré-candidatos à Prefeitura da Capital, Accorsi também garante que a campanha do PT em Goiânia deverá adotar o lema da “frente ampla”, numa espécie de reedição dos passos dados pela campanha de Luiz Inácio Lula da Silva ao Palácio do Planalto em 2022 e que teve como principal característica a aglutinação de diversos segmentos políticos e econômicos para fortalecer a candidatura do petista contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). 

Para Accorsi, que também é vice-líder do PT na Câmara dos Deputados, a nível de estratégia de campanha e plano de gestão, tudo tem a ver com o “governar de forma democrática”. “Nós estamos entusiasmados e, agora, o foco é manter diálogo com os diversos setores da sociedade, com os movimentos populares, a juventude, a periferia, os setores de mobilidade urbana, saúde e educação”, diz a deputada. Conforme mostrou o jornal O Hoje, o ex-reitor da Universidade Federal de Goiás (UFG) e suplente de deputado federal, Edward Madureira, vai coordenar o plano de governo de Accorsi, enquanto o deputado estadual Mauro Rubem foi convidado a estar na coordenação da campanha. 

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Ainda no sentido de pensar o futuro, caso seja eleita prefeita de Goiânia, Accorsi, que foi titular da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente e chefiou a Polícia Civil de Goiás, pretende ampliar a discussão na Capital acerca do combate e da prevenção às drogas e que, para isso, priorizará o debate público. “É importante atualizar [o assunto] e trazer o pensamento das pessoas”, afirma. A petista também destaca que o que move o pensamento do cidadão, em se tratando de eleições municipais, são os questionamentos locais sobre quem resolve os problemas da cidade, como iluminação, saneamento, infraestrutura e segurança.

Presidente do PT em Goiás, a vereadora Kátia Maria também afirma ao jornal O Hoje que ainda é cedo para falar em definitivo sobre as alianças que serão firmadas para a candidatura de Accorsi à Prefeitura de Goiânia, embora também confirme as “conversas acentuadas” com diversos partidos e com o PSD de Vanderlan Cardoso. “Não existe acordo, existe conversa”, diz a parlamentar. Ao que ela indica, a legenda seguirá o rastro que hoje é visto no âmbito do governo federal no sentido de manter diálogo com partidos de diferentes espectros. 

A aproximação de Lula com legendas de centro, como PP e Republicanos, vem se consolidando desde o fim do ano passado com mudanças no primeiro escalão federal. Houve a troca de Ana Moser por André Fufuca (PP) no Ministério do Esporte. E no Ministério de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho (Republicanos) entrou no lugar de Márcio França (PSB), que, por sua vez, se manteve na Esplanada dos Ministérios ao assumir o novo Ministério das Micro e Pequenas Empresas. Os gestos reiteram a busca do governo por ampliar a base de apoio no Congresso Nacional.

O PSD também faz parte desse movimento. A sigla de Gilberto Kassab tem presença em pelo menos três pastas. Na Agricultura e Pecuária, com Carlos Fávaro; nas Minas e Energia, com Alexandre Silveira; e no Ministério da Pesca, com André de Paula. Em Goiás, à luz do que ocorre em Brasília, segundo Kátia Maria, a ideia é “fortalecer a base de sustentação de Lula”. 

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