Caiado quer goiano no governo federal

Governador eleito disse que vai articular para capitanear um cargo de relevância em uma eventual gestão de Jair Bolsonaro

Postado em: 20-10-2018 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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Governador eleito disse que vai articular para capitanear um cargo de relevância em uma eventual gestão de Jair Bolsonaro

Lucas de Godoi* 

Durante carreata em apoio ao presidenciável Jair Bolsonaro (PSL-GO) na manhã desta sexta, em Anápolis, o governador eleito Ronaldo Caiado (Democratas) afirmou que vai trabalhar para que Goiás tenha um representante no governo federal. Caiado disse que irá se empenhar para que um goiano tenha um cargo de relevância numa futura administração de Bolsonaro devido à importância do Estado no cenário nacional. Desde que declarou apoio ao candidato à Presidência, o governando eleito tem feito campanha para que Bolsonaro tenha votação expressiva em Goiás.

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Após a carreata, Caiado falou também sobre a comissão de transição que deve ser implantada nos próximos dias e a respeito da parceria que pretende estabelecer no governo com os 246 prefeitos, independente da posição partidária. Ele reforçou que a sintonia com o governo federal será fundamental para se obter mais resultados em sua gestão no Estado. 

“Vou trabalhar muito para isso (ter um representante goiano no governo federal). Estive com ele (Jair Bolsonaro), conversei longamente. Temos um Estado importante. São vários colegas nossos que estarão assumindo uma função importante no governo federal. O deputado Onyx Lorenzoni é meu amigo particular de longa data; ele estará na Casa Civil, da Presidência da República. E eu, indiscutivelmente, lutarei para que Goiás tenha um espaço no cenário nacional ocupando um cargo de relevância. Essa é uma luta pela qual vou me empenhar, até porque é fundamental para Goiás lutar nas decisões nacionais. Isso reflete diretamente na nossa gestão”, disse, lembrando encontro que teve com o presidenciável na semana passada, no Rio de Janeiro. 

Questionado sobre o relacionamento com os prefeitos, Caiado destacou que buscará sempre bons resultados para o cidadão. “(A relação com os prefeitos será) de uma maneira respeitosa, construtiva, de parceria, para que tenhamos o melhor resultado para a sociedade. Esse é o meu objetivo claro. É trazer resultado para cada município de Goiás. Minha posição sempre foi institucional e republicana. Eu jamais agirei para forçar quem quer que seja a mudar de partido. Tenho a responsabilidade de governar para os 246 municípios de Goiás, com a presença do Estado onde for necessário”, ponderou. 

O senador, e governador eleito, informou ainda que nos próximos dias deverá ter a sua comissão de transição instalada, e partir daí haverá uma radiografia mais precisa da situação do Estado. Segundo ele, sabe-se que o quadro fiscal vem se agravando, e as medidas previstas serão definidas e anunciadas após a ciência de todos os dados, com o trabalho da equipe de transição.

“Infelizmente, a cada dia que passa o quadro vem se agravando mais. Sabemos da dívida estratosférica com as OS’s, com as universidades, do atraso com a parte de pagamento até de funcionários. Enfim, o hospital (Hugo) mais uma vez sem condições de funcionar. Acho um pouco precipitado (anunciar as medidas para conter déficit fiscal), já que não temos uma avaliação de todo o quadro fiscal, o que espero ter com a instalação da comissão de transição”, esclareceu. 

Caiado também enfatizou que a equipe de governo terá como princípio a qualificação técnica e a busca de resultados. “Como goiano, tenho que ter respeito por todos os goianos. Tenho que fazer uma gestão que seja para todo o Estado de Goiás. Como governador do Estado, vou buscar pessoas qualificadas para cada uma das áreas. O que eu tenho que exigir é que a pessoa seja eficiente para todo o Estado de Goiás. Do contrário, não estaria cumprindo a minha função de governador.”

Orçamento impositivo

Ronaldo Caiado informou que terá encontro com o presidente da Assembleia Legislativa, José Vitti, na próxima quarta-feira (24/10), e que entre outros assuntos estará o orçamento impositivo. “Tenho uma reunião marcada com o presidente da Assembleia Legislativa na quarta-feira, quando todos os assuntos serão discutidos, e esse (orçamento impositivo) também estará para ser conversado. Eu não anteciparia uma decisão que é prerrogativa do Legislativo”. (* Especial para O Hoje) 

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