Milei busca reconciliação com o Papa Francisco em meio à crise argentina

A reunião, que durou cerca de uma hora, abordou temas como a crise econômica na Argentina e o programa do governo para combatê-la

Postado em: 12-02-2024 às 20h41
Por: Vitória Bronzati
Imagem Ilustrando a Notícia: Milei busca reconciliação com o Papa Francisco em meio à crise argentina
Após anos de críticas, presidente argentino tenta se reconciliar com pontífice e fortalecer base católica conservadora | Foto: Reprodução

O presidente da Argentina, Javier Milei, se encontrou com o Papa Francisco, nesta segunda-feira (12), em busca de reconciliação. A reunião ocorre em um momento crucial para o presidente argentino, que enfrenta dificuldades para aprovar reformas no Congresso e lida com uma inflação superior a 200%.

Milei, um político de direita conhecido por suas opiniões libertárias, chegou ao Vaticano carregando alfajores e biscoitos, presentes que o papa Francisco aprecia. A reunião, que durou cerca de uma hora, abordou o programa do governo argentino para combater a crise econômica, entre outros tópicos.

O encontro marca uma mudança de tom por parte de Milei, que durante a campanha eleitoral de 2023 chamou o pontífice de “imbecil que defende a justiça social”. Desde que assumiu a presidência, Milei tem buscado o apoio da base católica conservadora do país, em meio a crescentes desafios políticos e econômicos.

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O papa Francisco, por sua vez, tem sido crítico ao “individualismo radical” que permeia a sociedade, uma visão que pode colidir com os instintos de livre mercado de Milei. Apesar das diferenças ideológicas, ambos os líderes argentinos demonstraram cordialidade durante o encontro.

Possível visita do papa à Argentina

O presidente Milei também discutiu a possibilidade de uma visita do papa Francisco à Argentina no segundo semestre de 2024. O pontífice, ex-arcebispo de Buenos Aires, ainda não visitou seu país natal desde que se tornou papa em 2013.

Garantir tal visita seria um grande impulso para Milei, que busca agradar seus apoiadores católicos. No entanto, o cardeal Victor Manuel Fernandez, que também é argentino, alertou que a viagem papal “depende de muitas coisas”.

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