Ronaldo Caiado discute Segurança Pública em Brasília

Governador eleito apresentou ao futuro ministro da Justiça, Sérgio Moro, e ao próximo presidente da República, Jair Bolsonaro, projeto de combate à corrupção e o narcotráfico

Postado em: 10-11-2018 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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Governador eleito apresentou ao futuro ministro da Justiça, Sérgio Moro, e ao próximo presidente da República, Jair Bolsonaro, projeto de combate à corrupção e o narcotráfico

Lucas de Godoi* 

O governador eleito, Ronaldo Caiado (Democratas), discutiu sua proposta para Segurança Pública com o futuro ministro da Justiça, Sérgio Moro e também com o próximo presidente do País, Jair Bolsonaro. Caiado levou a eles a ideia de criar um Núcleo de Combate à Corrupção e ao Narcotráfico, com participação de auditores da Receita Federal e de agentes da Polícia Federal, aliados a policiais civis, militares e técnicos da Secretaria de Fazenda. O foco desse trabalho será atuar de forma integrada com uso da área de Inteligência para identificar os crimes e desarticular organizações criminosas. Antes, Caiado já havia se encontrado com o secretário da Receita Federal, Jorge Rachid, para tratar do tema.

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“Uma das nossas propostas na campanha eleitoral foi a criação do núcleo de combate a corrupção e ao narcotráfico. Já estamos caminhando para instalar o mais rápido possível. Tivemos uma audiência com futuro ministro da Justiça, Sérgio Moro, e outra reunião com com o secretário da Receita Federal, Jorge Rachid. Esse processo já avançou no intuito de termos um auditor de Receita Federal, agentes da polícia federal e também de um membro da inteligência da polícia civil do estado de Goiás e da Secretaria da Fazenda do Estado de Goiás. É isso que o goiana espera. Antes de tomar posse, já estou trabalhando”, disse Caiado.

Enfrentamento

O democrata explica que o núcleo vai poder enfrentar as facções criminosas a partir da junção de ações antidrogas e crimes relacionados ao tráfico. Em outra frente, o governador eleito vai unificar dados de diversos órgãos de segurança. O principal foco é o enfrentamento das organizações criminosas, com integração de ações antidrogas e os crimes adjacentes ao tráfico (roubos de automóveis, cargas, violência na zona rural). Pelo SUSP – Sistema Único de Segurança Pública – Ronaldo Caiado vai criar um banco de dados criminais, padronizando e unificando as informações dos diversos órgãos, gerando um Sistema Nacional de Informações de dados prisionais, rastreamento de armas e munições, material genético, digitais e drogas. 

“Vamos integrar todas as forças: polícias militar, civil e rodoviária; Receita Federal, Polícia Federal Sefaz e Ministério Público”, acrescentou. Dessa união surgirá o Núcleo de Combate à Corrupção e ao Narcotráfico.

Outra ação que já estava prevista no plano de governo é a construção de um presídio com funcionamento sob o Regime Disciplinar Diferenciado para desarticular o comando do crime organizado. “Vou construir um presídio preparado para receber líderes e principais membros dessas quadrilhas que irá funcionar em Regime Disciplinar Diferenciado para cortar a comunicação entre líderes e liderados, disse Caiado.

Inteligência

Ronaldo Caiado ainda enfatizou o investimento na inteligência das polícias como forma de combate efetivo ao narcotráfico e destacou a valorização dos policiais como uma das prioridades. “Outro ponto é resgatarmos os salários dos policiais. Será uma iniciativa que tomarei no primeiro dia de governo, encaminhando à Assembleia Legislativa a extinção da Terceira Categoria e a regularização e uniformização dos salários dos policiais militares”, afirmou.

O juiz Sérgio Moro disse anteriormente que o cenário da atual segurança pública causa insatisfação para a população e que, para isso, iria trabalhar fortemente à frente da pasta. “Há uma insatisfação grande da população com a segurança pública, que é um problema sério, difícil de ser tratado, e precisa ser equacionado. Em parte, equacionado por medidas executivas, independentemente de leis, mas é um momento propício para apresentação de um projeto legislativo”, afirmou. 

Para o magistrado, é preciso alterar as leis, para sentenciar penas mais duras a quem comete crimes graves. Ele também defendeu a criação de novas vagas no sistema carcerário. “É inequívoco que existe, no sistema carcerário, muitas vezes, um tratamento leniente, a meu ver, para crimes praticados com extrema gravidade. Casos de homicídio qualificado, de pessoas que ficam poucos anos presos em regime fechado. Para esse tipo de crime, tem que haver um endurecimento”, acrescentou.

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