Presidente Lula anuncia parceria de R$ 730 milhões para combate ao desmatamento na Amazônia 

Recursos do Fundo Amazônia e do Floresta+ serão destinados até 2027, em iniciativa que busca alcançar a meta de desflorestamento ilegal zero até 2030

Postado em: 09-04-2024 às 16h42
Por: Isadora Miranda
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Recursos do Fundo Amazônia e do Floresta+ serão destinados até 2027, em iniciativa que busca alcançar a meta de desflorestamento ilegal zero até 2030 | Foto: Ricardo Stuckert/PR

Nesta terça-feira (9/4), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) revelou um plano ambicioso para conter o desflorestamento e os incêndios florestais na Amazônia, totalizando R$ 730 milhões em parceria com os municípios. O projeto, parte do Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desflorestamento na Amazônia Legal (PPCDAm), foi relançado no ano passado após ser abolido em 2019 durante o governo de Jair Bolsonaro (PL). 

O anúncio prevê a destinação de R$ 600 milhões do Fundo Amazônia e R$ 130 milhões do Floresta+ até 2027. O presidente enfatizou a importância da iniciativa, destacando que 70 municípios, responsáveis por 78% do desflorestamento na região em 2022, já foram identificados para participar do programa, com 53 deles já aderindo. 

Lula reiterou a meta do Brasil de alcançar o desflorestamento ilegal zero até 2030, lançando críticas indiretas a bilionários como Elon Musk, mencionando que deveriam concentrar esforços em preservar o planeta Terra ao invés de investir em exploração espacial. 

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O monitoramento do desflorestamento será realizado pelo Projeto de Monitoramento do Desflorestamento na Amazônia Legal por Satélite (Prodes), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Para participar, os municípios devem aderir até 30 de abril deste ano. O governo planeja focar em processos de regularização fundiária para facilitar o acesso dos agricultores a créditos, como destacado pela ministra do Meio Ambiente, Marina Silva. 

Cada município participante receberá R$ 500 mil em equipamentos e serviços para estruturação, incluindo escritório de governança para monitoramento em tempo real, regularização fundiária e ambiental, assistência técnica, pagamento por serviços ambientais, criação de brigadas de combate a incêndios, e mais. 

De acordo com o Palácio do Planalto, o valor investido nos municípios será proporcional à redução anual do desflorestamento e da degradação ambiental, promovendo um estímulo contínuo à preservação da floresta. 
 

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