“Experiência em gestão” será aposta de Mabel para Prefeitura de Goiânia

Pré-candidato do UB sustenta que bom trânsito em Brasília é um ativo e diz que receberá um diagnóstico sobre o estado de coisas da Capital na próxima semana

Postado em: 11-04-2024 às 08h30
Por: Gabriel Neves Matos
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Mabel afirma que vai estudar mais as áreas de saúde e trânsito para construir um plano de governo, declarou ser contra a terceirização da Comurg e defendeu a criação de administrações regionais para a Capital | Foto: Alex Malheiros

O presidente da Federação das Indústrias de Goiás (Fieg) e pré-candidato a prefeito de Goiânia, Sandro Mabel (União Brasil), disse nesta quarta-feira (10) que o mote da sua campanha eleitoral no pleito deste ano, caso seja viabilizado, será focado na sua experiência em gestão e que deixará “tudo limpo” ainda nos primeiros 100 dias de governo, na hipótese de ser eleito. 

“Eu vou fazer uma gestão para melhorar a cidade, dar uma desencardida onde está encardido, tirar esse lixo todo da rua que está aí… Isso tudo nos primeiros 100 dias. Nos primeiros 100 dias eu deixo isso aqui limpo”, disse Mabel em entrevista aos jornalistas. O pré-candidato visitou a Câmara Municipal de Goiânia nesta quarta-feira e dialogou com vereadores acerca da sua pré-campanha. 

O presidente da Fieg sustenta que o bom trânsito que possui em Brasília, “independentemente do governo de turno”, a experiência no Legislativo, os 53 anos de trabalho e a experiência de saber administrar finanças são suas principais prerrogativas enquanto postulante. 

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No entanto, Mabel reconheceu durante conversa com os jornalistas que tem pouco conhecimento sobre o estado de coisas em Goiânia. Ele citou que na semana que vem deverá receber um diagnóstico de “uma pessoa que entende” sobre a Capital para se inteirar sobre como andou o crescimento da folha de pagamento, despesas, onde tem jeito de mexer e as áreas que poderão ser priorizadas.

Mabel afirma que vai estudar mais as áreas de saúde e trânsito para construir um plano de governo, declarou ser contra a terceirização da Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg) e defendeu a criação de administrações regionais para a Capital durante entrevista. “Não tem cabimento ficar centralizado tudo num lugar. Agora, eu não vou colocar subprefeitos, como em São Paulo, porque senão o cara acha que é rei”, disse. E resumiu o que pensa sobre governar uma cidade: “Gestão é uma coisa só: é a receita ser maior que a despesa.”

O ex-deputado federal também disse que a versão sua que entra na arena para disputar a Prefeitura da Capital é a que “não tem mais pretensão política de ser mais nada”. E justificou a declaração: “Eu entrei nisso numa chamada do governador.”

Desde que foi lançado como o nome da base do governador Ronaldo Caiado (União Brasil), há cerca de 10 dias, a definição do vice de Sandro Mabel tem sido alvo de especulações. O empresário já afirmou que quer compor chapa com uma mulher — e de preferência evangélica. A reportagem acompanhou a reunião que o presidente da Fieg teve com vereadores na sala da presidência da Câmara na manhã desta quarta-feira, na qual o assunto do vice voltou a ser tratado. 

O relógio já marcava quase 11h quando o vereador Sandes Júnior (PP) levantou a bola após Mabel ter falado um bocado. “As pessoas dizem o seguinte: ‘Ah, ele foi escolhido com base em uma pesquisa qualitativa que diz que Goiânia precisa de um gestor’. Isso já caiu na cabeça do povo porque está sendo falado desde a época do Jânio Darrot”, afirmou, dirigindo-se a Mabel. 

“A sugestão que eu dou pra você é: deixa a vice para a qualitativa”, prosseguiu Sandes, modulando o tom de voz baixinho. “Porque quando você fala a vice deve ser evangélica, o católico fica com raiva.”

Ao ouvir a ideia de Sandes, a vereadora Aava Santiago (PSDB), sentada no braço de uma poltrona ao lado do presidente da Câmara Municipal, Romário Policarpo, respondeu de bate-pronto: “Pode ser eu [a vice de Mabel].” E na mesma sequência, o presidente da Fieg, replicou dizendo que essa será uma “decisão tomada em conjunto com outros partidos”.

À CBN Goiânia, Mabel afirmou nesta semana que Ana Paula Rezende (MDB) seria um bom nome para sua vice por ter um marido com qualificação no ramo empresarial. Questionado sobre a repercussão negativa de sua fala nas redes sociais, Mabel respondeu que a associação não foi correta, tem carinho e “entende a competência das mulheres” e que o que quis dizer foi que no caso de um deles faltar, haverá um bom substituto. 

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