Rogério nega impopularidade e acredita em reviravolta eleitoral
“16% é voto, estou no páreo”, cita o prefeito em entrevista ao jornal O HOJE
Antes de chegar à sede do jornal, na manhã desta quinta-feira (23), o prefeito Rogério Cruz (Solidariedade), cercado de assessores e seguranças, tomou café da manhã no conhecido Biscoito Pereira, na Avenida 136, por volta das 8h30.
Tietado pelas pessoas que estavam no local, Rogério aproveitou a ocasião. Chamou um assessor de canto e indagou: “Que rejeição é essa?” Ele se referia à aferição divulgada pela Serpes/O Popular que coloca, nas costas do atual prefeito da capital, 55,4% de rejeição.
Em seguida ao café da manhã, adentrou os estúdios do jornal disposto, para mais uma entrevista na agenda que antecede, quiçá, a um dos maiores desafios que já enfrentou em todos os seus 57 anos: a busca pela reeleição em outubro.
Acompanhado da assessoria, embora com boa memória de tudo o que conseguiu entregar – e o que espera fazê-lo nos próximos meses -, prefeito Rogério (assim é a forma que a comunicação do mandatário tem lhe chamado). Citou acertos e apostas. Afirmou que garantiu vaga de Cmeis para crianças, prometeu entregar obras do BRT – que se estendem há nove anos – e de conseguir uma chapa convincente.
“Nós temos o Solidariedade, que é o partido que eu estou”, disse Rogério, em resposta ao repórter Francisco Costa. “PDT, o Mobiliza, PRTB e PMB. O PP é um partido que está em nossa gestão. O Alexandre Baldy já declarou apoio, de manter com a gente. Ele chegou a me convidar a filiar ao PP. Por telefone ele não deu autorização para ninguém falar em nome do partido. Ele deixou bem claro. O PP continua na base. E vai continuar”.
Ainda sobre fortalecimento partidário, Rogério explica a situação do apoio do Republicanos. “Sabrina esteve com o doutor Marcos Pereira e ele disse que o que ela decidir vai ser apoiado”, afirma Rogério, que tem a vereadora Sabrina Garcez, que é presidente do Republicanos na capital. “E estamos conversando com o PRD, que tem a [deputada federal] Magda Mofatto e o presidente da Câmara, meu amigo Romário Policarpo”, cita, ainda.
Instigado a comentar a última pesquisa Serpes/ Popular, Rogério usa um exemplo do futebol. “Vou replicar a fala de um amigo. A campanha [eleitoral] é igual a um jogo de futebol, só termina quando o juiz apita. Esses dias o Goiás fez gol antes do fim da partida”, comentou, antes de repetir, como mantra: “Pesquisa não é sentença. Não é sentença”.
“Vocês sabem que pesquisa às vezes você está lá em cima, ou no meio ou em cima. Estou confiante. Quem manda na política não é o político, é o povo”, complementa Rogério.
O prefeito também comentou – e agradeceu – ao apelido que recebeu do colunista da Xadrez do jornal O Hoje, Wilson Silvestre. É que, às vezes, para tratar das andanças de Rogério, o jornalista chama o prefeito de “Pé de Toddy”.
“Eu entendo de gente. Inclusive agradeço [diz ao colunista Wilson Silvestre] pelo título honrado que você me deu de ser o ‘Pé de Toddy’. Foi um dos melhores que recebi na minha vida”, afirma ele e complementa: “Meu trabalho sempre foi esse, porta a porta, olho no olho. A política séria é essa, política transparente, responsável é você estar frente a frente com as pessoas. Até hoje que encontro pessoas na rua eu escuto e discuto”.
Antes de terminar a entrevista, não dá dicas de quem será o vice em sua chapa, mas que ele mesmo vai, no fim, determinar o nome. “Temos até o dia 15 de agosto. Claro que os partidos vão apresentar os nomes. Semana que vem vamos nos reunir com representantes de partidos para tratarmos do assunto”. (Especial para O Hoje)