Bancada goiana busca indicação de cargos federais no estado

Deputados federais goianos da nova legislatura na Câmara federal passam a ser coordenados por Flávia Morais

Postado em: 12-02-2019 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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Deputados federais goianos da nova legislatura na Câmara federal passam a ser coordenados por Flávia Morais

Os deputados federais goianos da nova legislatura na Câmara
federal passam a ser coordenados por Flávia Morais (PDT), que assume o posto
depois de seguidos mandatos do então líder, Jovair Arantes (PTB), que não foi
reeleito no ano passado. Além das atuações individuais e debates temáticos, a
participação de boa parte dos 17 em indicações para cargos do governo federal é
o principal debate, já que há compromisso tácito de que os parlamentares do
estado participam das nomeações dos principais cargos locais. Na lista estão
postos com valor político, como as superintendências do DNIT, INCRA, Receita
Federal, INSS, Companhia de Abastecimento, Ministério da Agricultura e
Delegacia Regional do Trabalho. “Temos esse compromisso e devemos conversar com
o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, nesta semana. Mas é preciso ter logo
uma definição”, adianta o médico e deputado Zacharias Calil (DEM). O problema é
que boa parte dos cargos ainda está sob influência de Jovair ou poderá ir para
o próprio Onyx.

Discurso e prática

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A expectativa dos deputados goianos mostra as dificuldades
de se abandonar a política da troca e do balcão de negócios em Brasília, como
defendeu o presidente Jair Bolsonaro na campanha. A base parece que é mesmo
“condicionada”.

Consistente

Depois de reunião com Onyx, o líder da base governista na
Câmara, Major Vitor Hugo (PSL/GO) preferiu reduzir a conta dos aliados de
primeira hora. Garante, por ora, a participação de apenas 54 dos 513 deputados
na base. Todos do PSL.

Desabafo

A Secretária estadual da Economia, Cristiane Schmidt, usou as
redes sociais para divulgar artigo em que relata a situação fiscal do Estado e
garante que a prestação de serviços públicos de qualidade ainda não é realizada
presente em Goiás. Com o título “A gente não quer só comida” e citação direta à
música dos Titãs, a economista que, “apesar desse desejo social, a realidade em
diversos estados acena para uma situação tão calamitosa, que nem “comida” os
novos governantes conseguem oferecer no curto prazo”. Ao longo do texto,
Cristiane relata a situação em que Goiás estava quando o governador Ronaldo
Caiado (DEM) assumiu, e também fala sobre os desafios para os próximos quatro
anos. Citou algumas das tantas dívidas deixadas pela gestão tucana e definiu: “E
assim vai. Buracos e mais buracos. Uma frustração para os mais necessitados. Um
desalento para o contribuinte goiano. Os novos governantes que chegaram em 2019
lançam esperança, é verdade, mas têm um estrondoso problema fiscal a ser
enfrentado: parte estrutural, parte conjuntural”.

CURTAS

Soma de esforços
“Deveras, se cada estado fizer a sua parte, no médio prazo, teremos um Brasil
melhor e mais justo”, conclui a secretária.

Economia – O
saldo comercial de Goiás em janeiro teve superávit de US$ 134,25 milhões, mas
confirmou a tendência de queda nos negócios constatada em 2018.

Balança – Houve diminuição
nos volumes de importações e exportações e o montante atingido é 17% menor do
que o índice de janeiro de 2018 (US$162,53 milhões).

Lista atendida

O governador Ronaldo Caiado (DEM) recebeu ontem a lista
tríplice para nomeação do chefe do Ministério Público para o biênio 2019-2021 e
tem 15 dias para tomar decisão.

Manifestação

A Associação Goiana do Ministério Público (AGMP) e a
Associação Nacional dos Membros do Ministério Público (CONAMP) defendem
nomeação do mais votado para procurador-geral de Justiça, o atual
procurador-geral de Justiça, Benedito Torres.

Eleitorado

Benedito recebeu 266 votos – 70% do total. Na primeira
eleição, tinha conquistado 193 votos. A AGMP reconhece “a prerrogativa de
escolha do governador”, mas defende o mais votado “em respeito à legitimidade
democrática”.

Respeito

O Supremo Tribunal Federal (STF) deve julgar amanhã ação
protocolada pelo PPS para criminalizar a homofobia, que é caracterizada pelo
preconceito contra o público LGBT. O processo tramita na Corte desde 2013 e
será relatado pelo ministro Celso de Mello.

Ao processo

Os ministros devem definir se o Supremo pode criar regras
temporárias para punir agressores do público, por conta da demora para se
aprovar projeto no Congresso. A tipificação de crimes cabe ao Poder Legislativo.

Auxílio mudança

Até agora, apenas o deputado Humberto Teófilo (PSL)
protocolou recusa ao auxílio-mudança. O benefício equivale a um salário, de R$
25,3 mil é preparado pela Assembleia Legislativa para ser pago a todos demais
40 parlamentares.  

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