BNDES gasta R$ 48 milhões com consultoria que não encontra corrupção

Foram 10 meses de investigação interna para abrir caixa-preta da estatal - Foto: Reprodução.

Postado em: 20-01-2020 às 15h00
Por: Nielton Soares
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Foram 10 meses de investigação interna para abrir caixa-preta da estatal - Foto: Reprodução.

Nielton Soares

Auditoria interna não apontou nenhuma evidência direta de corrupção em oito operações com JBS, grupo Bertin e Eldorado Brasil Celulose, realizadas entre 2005 e 2018; economista critica ausência de operações importantes no relatório

Auditoria interna para averiguar evidências de corrupção no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) custou R$ 48 milhões e, após, 10 meses de apurações não apresentou o que era prometido: a abertura da caixa-preta da estatal. 

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No final de dezembro do ano passado, foi divulgado um relatório de oito páginas que não demonstrou corrupção em oito operações com a JBS, o grupo Bertin e a Eldorado Brasil Celular, durante os períodos de 2005 e 2018. 

A instituição divulgou um comunicado que há um documento “mais robusto”, que foi entregue às autoridades, porém, informou que é sigiloso. 

Escritório estrangeiro

O montante dos cofres públicos foi pago ao escritório estrangeiro Cleary Gottlieb Steen & Hamilton LLP. A empresa subcontratou outro escritório brasileiro, o Levy & Salomão. 

A abertura da tal caixa-preta do BNDES era uma promessas de Jair Bolsonaro e foi a principal missão dada ao presidente da instituição, Gustavo Montezano, que assumiu o posto depois da saída polêmica de Joaquim Levy. 

 

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