Feminicídio: homem que enforcou prima até a morte passa por júri popular nesta sexta (20)

O rapaz foi preso em maio de 2019, mas teve alvará de soltura expedido pelo magistrado após a decisão do júri

Postado em: 20-05-2022 às 17h42
Por: Rodrigo Melo
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O rapaz foi preso em maio de 2019, mas teve alvará de soltura expedido pelo magistrado após a decisão do júri | Foto: Reprodução

O auxiliar de pedreiro Marcos Vinícius Lopes Fiaia (25 anos), acusado de matar a própria prima Feliane Tavares Campos (26 ) estrangulada por não ter tido relações sexuais com ele, vai a júri popular nesta sexta-feira (20/5) . O crime aconteceu em 7 de dezembro de 2018, no Setor Carolina Parque, em Goiânia. A sessão será presidida pelo juiz Jesseir Coelho de Alcântara.

Segundo investigações, Marcos e Feliane mantinham relações há aproximadamente cinco anos, e mesmo que exporádica, ele sentia ciúmes dela. Na tarde anterior ao crime, os dois na companhia de outras pessoas, participaram de uma festa na casa de uma prima deles, local onde ingeriram bebidas alcoólicas. A noite, o grupo foi para a residência de Feliane e ali todos continuaram bebendo.

Após os familiares e amigos deixarem a casa dela na madrugada do dia 7 de dezembro, permaneceram no local apenas ela e Marcos, quando começaram a trocar carícias. No entanto, não mantiveram relação sexual porque ele não “conseguiu”. Nesse momento, Marcos passou a apertar o pescoço dela com as mãos e a asfixiou até matá-la.

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O inquérito informou que o pedreiro “utilizou de recurso que dificultou a defesa da vítima, utilizando um meio cruel que a levou a morte por asfixia mecânica por estrangulamento”. Ainda segundo a investigação, o homicídio foi praticado contra mulher por razões da condição do sexo feminino, no contexto de violência doméstica e familiar, caracterizada a relação íntima de afeto entre as partes, o que configura feminicídio.

Outras sessões

O rapaz foi preso em maio de 2019, mas teve alvará de soltura expedido pelo magistrado após a decisão do júri. Os jurados ficaram convencidos de que o jovem não tinha a intenção de matar a prima, por isso decidiram por mudar o tipo de crime pelo qual ele respondia – deixou de ser homicídio doloso e passou à modalidade culposa.

Na época, segundo o juiz Jesseir, nesse caso a pena à qual ele estaria sujeito poderia variar entre um e três anos de prisão. Se Marcos Vinícius for condenado pelo crime de feminicídio terá pegar uma pena que varia entre 12 e 30 anos.

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