Turismo para todos, sem exceção

GUILHERME MELO*

Todos os anos, junho é conhecido como o Mês da Diversidade e do Orgulho LGBT. Visando a isto, a Associação Internacional de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transgêneros e Intergêneros (Ilga) apresentou uma lista, na última terça-feira (16), sobre os melhores lugares para todos viajarem. A associação pensou em lugares que consigam respeitar todos, sem discriminação de gênero, cor, orientação sexual, classe social e etnia. 

Antes de escolher o destino certo para uma viagem, é interessante pensar se o lugar vai receber todos os turistas de braços abertos – sem qualquer tipo de discriminação. Confira a lista, a seguir, que possibilita programação de uma viagem com companhias diversas como família, amigos, colegas e parceiros. 

Copenhague, Dinamarca – Em 1989, o país marcou a história do mundo ao se tornar o primeiro a reconhecer o registro de união estável entre pessoas do mesmo sexo. Copenhague, a capital, é o lar do bar gay mais antigo da Europa, o Centralhjornet, que, diferentemente de muitos, ficou conhecido por estabelecer os respeitos entre pessoas de orientação sexual diferente. Uma das capitais da moda na Europa, a cidade tem uma comunidade bastante tolerante à diversidade. Com quase 106 metros de altura, a torre da prefeitura é um dos prédios mais altos da cidade e, em 2014, a praça conectada à torre ganhou o nome de Rainbow Square (em português, “Praça do Arco-Íris”), em reconhecimento à luta dos direitos iguais.

Dunedin, Nova Zelândia – O país tem se destacado pelas políticas inclusivas e de grande diversidade social. Nova Zelândia se tornou o primeiro país da Oceania a adotar o rótulo de gay/lesbian – friendly (“amiga de gays e lésbicas”) em 1998. Mas foi só em 2013 que eles aprovaram o casamento entre pessoas do mesmo sexo. Nova Zelândia é um dos pontos turísticos para casamentos – tendo a ilha de Dunedin como referência –, já que o lugar apresenta belíssimas paisagens naturais como praias, montanhas e vegetação ambiente. 

Toronto, Canadá – Uma das cidades com o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) mais alto de toda a América, tem o The Village, por exemplo, uma cabana cultural repleta de galerias, teatros e outros serviços direcionados ao público diversificado. Toronto também é lar de eventos que representam o orgulho LGBT, como a Pride Week Celebrations, a PrideMarch e a DykeMarch – além de ter um centro de casamentos LGBT estabilizado. 

Palm Springs, Estados Unidos – A cidade é conhecida como um paraíso para os amantes de sol. Disponibiliza aos viajantes uma programação completa de atividades ao ar livre, com restaurantes, lojas e bares em piscinas, abraçando toda a diversidade. Palm Springs é conhecida como um brlo destino de lua de mel – para todas as formas de amor. 

Sitges, Espanha – Principalmente na cidade na costa de Sitges, que fica a apenas 35km de Barcelona, é o lar da primeira balada gay disco da Espanha, inaugurada em 1980. Hoje, a cidade é conhecida por receber turistas dos quatro cantos do mundo, pela grande agitação noturna. Suas praias também são pontos turísticos, além de ter um calendário de eventos voltado para os grupos de minorias sociais.

Escíato e Míkonos, Grécia – ‘Berço da humanidade’, a Grécia abriga cidades, como Escíato e Míkonos, que ficaram ainda mais conhecidas após a visita da ex-primeira-dama dos Estados Unidos, Jackie Onassis. Muitos têm viajado para as ilhas buscando o mesmo glamourdo famoso sol do Mediterrâneo e as praias paradisíacas. As praias, as águas límpidas e até as montanhas e florestas de Escíato são uma experiência diferente e mais tranquila para todos os turistas. 

Berlin, Alemanha – Mesmo com um passado sombrio, a cidade de Berlim apresenta uma vida bastante agitada durante a noite. A capital tem um histórico mágico, de realizar os desejos dos oprimidos. Os distritos de Schoneberg (onde ocorre a parada gay), Kreuzberg e Prenzlauerberg oferecem um leque diversos de clubes, baladas, bares e restaurantes inclusivos.

Nova York, EUA – A cidade mais movimentada da América apresenta as rebeliões de Stonewall, que ocorreram no fim dos anos 60 e são sinônimo do nascimento do movimento atual pelos direitos LGBT  além de grandes lutas, socais e raciais. A cidade também está cheia de pontos de referência de lutas das minorias. 

Reykjavík, Islândia – A capital da Islândia é descrita como um dos lugares mais amigáveis e inclusivos do mundo. Em 2019, a cidade hospedou sua 20ª parada gay, uma das mais antigas da Europa, e o país apresenta uma legislação progressista. Em 2006, foram concedidos direitos iguais a casais do mesmo sexo _ assim como aos dos heterossexuais. O roteiro, por lá, é recheado de paisagens paradisíacas com cachoeiras, vulcões adormecidos e lagos. 

Montevidéu, Uruguai – Provando que os partidos conservadores e os movimentos sociais podem coexistir em harmonia, Montevidéu apresenta uma ascensão de partidos conservadores, mas que o respeito prevalece acima de tudo. Em 2013, o país foi o segundo latino-americano a legalizar o casamento entre pessoas do mesmo sexo. Com uma mentalidade mais aberta, a capital é recomendada para viajantes de todos os grupos minoritários que querem passeios tranquilos. 

*Integrante do programa de estágio do jornal O HOJE sob supervisão da editora Flávia Popov