Câmara dos Deputados pode ampliar número de mulheres goianas
Atualmente, Casa no Congresso só conta com duas representantes de Goiás
Ao todo, 391 nomes se registraram em Goiás para disputar as 17 vagas da Câmara Federal. Destes, pelo menos 1/3 são mulheres. Majoritariamente masculina, a Casa do Congresso possui, atualmente, apenas duas representantes: Magda Mofatto (PL) e Flávia Morais (PDT). Ambas concorrem à reeleição.
De acordo com cientistas políticos ouvidos pelo O Hoje, esse número tende a crescer. Além de Magda e Flávia, que têm chances de permanecerem no Congresso, outros nomes foram citados ao Jornal como apostas.
Inclusive, uma das apostas é a jornalista Silvye Alves (União Brasil). A profissional da imprensa, que atuou por 11 anos na Record, se filiou ao partido a convite da primeira-dama Gracinha Caiado e depois deixou a TV no começo de junho. Acredita-se que ela será uma “puxadora de votos” no partido, garantindo, inclusive, uma segunda cadeira na Câmara Federal.
Outro nome que deverá estar forte na disputa com ampla votação é o da deputada estadual Adriana Accorsi (PT). A delegada que está em seu segundo mandato na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) decidiu, a pedido do partido, alçar voos mais altos na política. Ela também disputou o cargo de prefeita de Goiânia em duas ocasiões. Em 2020, terminou em terceiro lugar, com 13,39% dos votos.
A vereadora de Rio Verde Marussa Boldrin (MDB) não é somente “herdeira do agro”, mas também a sucessora oficial do deputado José Mário Schreiner (MDB), o Zé Mário. O parlamentar desistiu de concorrer à reeleição e passou as bases para a engenheira agrônoma, a quem considera a verdadeira representante do setor agropecuário no Estado.
Mais uma vereadora que pode surpreender nesse pleito é Aava Santiago (PSDB), de Goiânia. Única tucana na Câmara municipal – e em primeiro mandato –, ela tem proximidade com o ex-governador Marconi Perillo (PSDB), assim como a colega deputada estadual Lêda Borges (PSDB), que também disputa o mesmo cargo. Ambas são possibilidades na disputa.
De um partido menor, mas que se apoia nas redes sociais, Dona Jacques (PSC) também busca uma cadeira no Congresso. Seus vídeos de campanha tem engajamentos que chegam a 250 mil visualizações diariamente. A expectativa da candidata é converter esses números em votos.
Outro nome lembrado é o da ex-vereadora Dra. Cristina (PDT). Ela tem pela frente, contudo, a concorrente do partido com mandato Flávia Morais. Em 2020, a hoje pedetista disputou a prefeitura de Goiânia e teve 3,03% dos votos.
Também vereadora de primeiro mandato em Goiânia, Gabriela Rodart (PTB) pode ser uma representante do bolsonarismo a se destacar. A parlamentar é, ainda, presidente metropolitana da legenda.
Quociente eleitoral
Apostas não significam confirmações, assim como nomes citados não garantem eleição. São 17 cadeiras e cada uma tem um “preço”. Neste momento, ainda não é possível quantificar quantos votos “custam” cada uma, uma vez que brancos e nulos entram na conta.
O Estado, atualmente, tem 4,8 milhões eleitores. Caso 2022 repita o quociente eleitoral de 2018 – o que não é provável –, uma cadeira na Câmara Federal “custará” 178,3 mil votos.
Em entrevista recente ao O Hoje, o cientista político e professor Marcos Marinho afirmou que dificilmente algum partido chegaria a três cadeiras. “Alguns têm potencial de fazer duas. O União Brasil, dependendo de outras chapas, poderá fazer três, mas é muito difícil.”
Além disso, é preciso lembrar que a maioria dos atuais ocupantes das cadeiras disputa a reeleição. Dos 17 deputados federais por Goiás, quatro não concorrem. José Mário, como dito, não corre por nenhum cargo. Além dele, João Campos (Republicanos) e delegado Waldir optaram pelo Senado. Já o deputado federal major Vitor Hugo (PL) quer o governo de Goiás.