Denise Carvalho aposta em ‘virada de votos’ na reta final da campanha ao Senado; confira a sabatina
A postulante ainda foi questionada a respeito do papel econômico do agronegócio em Goiás, setor tradicionalmente conservador
Denise Carvalho, candidata goiana ao Senado Federal pelo Partido Comunista do Brasil, declarou em sabatina promovida pelo jornal O Hoje nesta quinta-feira (29/9) trabalhar por uma ‘virada de votos’ de final de campanha. A candidata é integrante da coligação Juntos por Goiás e pelo Brasil, que une PT, PC do B, PV e PSB, e enfrenta outros 9 postulantes ao Senado.
“O que eu percebo uma virada ocorrendo em Goiás e no Brasil. Nós mesmos já acompanhamos eleições em que um candidato tinha 80% de preferência, e na última hora virou e não foi eleito. Essas viradas acontecem e não são raras assim. Elas pode acontecer na última semana. Eu sinto que há um grande clima de aceitação e isso me anima muito”, disse.
“O Lula pode até não ser a preferência número das pessoas, mas as pessoas estão percebendo que precisamos fazer uma transição e que é preciso eleger um outro candidato para presidente, no caso Lula. E com o presidente eleger novos deputados, senadores e senadoras também. Então eu sinto que esse é um momento político muito importante, e no senado então, é um voto que ainda está muito aberto. Uma onda de levar Lula a ser eleito no primeiro turno pode sim impactar na eleição ao Senado”, completou Denise.
A postulante ainda foi questionada a respeito do papel econômico do agronegócio em Goiás, setor tradicionalmente conservador e, por vezes, criticado pelas esquerdas devido aos impactos ambientais decorrentes. Para Denise, o setor sofre com um processo de desindustrialização, priorizando a exportação de produtos in natura e sem valor agregado.
“O termo agronegócio foi ideologizado. Eu o chamo de agricultura empresarial, que é aquele que assume um papel muito importante na produção de riquezas pro nosso país. Quando fui secretária de Ciência e Tecnologia, nós criamos um plano de industrialização do país baseado em mais investimento tecnológico. Mas houve um processo de desindustrialização do país, no qual exportamos produto sem valor agregado”, alertou Denise.
“Quando falamos da produção do campo, seja agricultura ou pecuária, nós precisamos agregar mais valor, precisamos de beneficiamento dos produtos. Em segundo lugar, o modelo de produção é predatório, com monoculturas que empobrecem os solos. Precisamos avançar em relação a isso, por exemplo com modelos de agrofloresta e agroecologia. Também precisamos investir mais na agricultura familiar que é quem alimenta o Brasil”, complementou.
A sabatina pode ser acompanhada ao vivo pelo canal O Hoje News, no Youtube. Confira:
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