O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) enfrenta três indiciamentos pela Polícia Federal (PF), ampliando as investigações em curso contra ele.

Os casos envolvem suspeitas de golpe de Estado, fraude em registros de vacinação contra a Covid-19 e venda de joias sauditas destinadas ao governo brasileiro. Abaixo, veja o andamento de cada caso:

Golpe de Estado

Bolsonaro foi indiciado nesta quinta-feira (21/11) pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa. A investigação apura uma suposta tentativa de subverter o resultado das eleições presidenciais de 2022, que reconduziram Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à Presidência.

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Além do ex-mandatário, outras 36 pessoas foram indiciadas, incluindo Mauro Cid, ex-ajudante de ordens. O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e relator do caso, Alexandre de Moraes, está analisando o material apresentado pela PF e deve enviá-lo à Procuradoria-Geral da República (PGR) na próxima semana.

No entanto, fontes indicam que o procurador-geral da República, Paulo Gonet, não deve concluir a análise do inquérito ainda em 2024. Assim, a decisão sobre denúncia, arquivamento ou novos desdobramentos só deve ocorrer no próximo ano.

Cartões de Vacina

Em março deste ano, Bolsonaro e mais 15 pessoas, incluindo Mauro Cid, foram indiciados por participação em um esquema de fraude nos registros de vacinação contra a Covid-19.

A investigação revelou que os dados falsificados teriam sido inseridos no sistema do Ministério da Saúde, permitindo que integrantes da suposta associação criminosa burlassem exigências sanitárias.

O ex-presidente e Cid foram indiciados pelos crimes de associação criminosa e inserção de dados falsos. Em abril, a PGR pediu mais investigações à PF, que já reenviou as novas apurações. Atualmente, o caso está em análise na PGR, sem prazo definido para uma decisão.

Joias Sauditas

Em julho, a PF indiciou Bolsonaro por associação criminosa, lavagem de dinheiro e apropriação de bens públicos, em um esquema relacionado à venda de joias presenteadas ao governo brasileiro por autoridades da Arábia Saudita. Parte das peças teria sido negociada nos Estados Unidos, enquanto outras foram apreendidas.

Como nos demais casos, a PGR ainda analisa o inquérito e pode optar por apresentar denúncia, pedir novas diligências ou arquivar a investigação.

Unificação das denúncias

Há a possibilidade de os casos serem reunidos em uma única denúncia, dada a sobreposição de figuras envolvidas, como Mauro Cid. No entanto, a complexidade dos crimes e o impacto político das decisões podem levar à separação das ações.

Com a conclusão das investigações prevista para 2025, o futuro político de Bolsonaro segue incerto, enquanto ele enfrenta uma série de acusações que podem comprometer sua elegibilidade e imagem pública.