Lula apoia cortes no orçamento e justiça fiscal para equilibrar as contas públicas
Medidas fiscais prometem economia de R$ 327 bilhões até 2030
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta quinta-feira (28) que é necessário reduzir os gastos do governo, moralizar as despesas públicas e promover a justiça fiscal. A declaração foi feita no lançamento do programa Periferia Viva, no Palácio do Planalto, em Brasília.
Horas antes, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, apresentou um pacote fiscal que deve gerar uma economia de R$ 327 bilhões até 2030. Até o fim do mandato de Lula, em 2026, a previsão é poupar R$ 71,9 bilhões.
Lula aposta em controle de despesas e revisão de benefícios
Lula destacou que o governo precisa controlar as despesas para não ultrapassar o limite do orçamento aprovado. “Se não cuidarmos, no fim do ano o orçamento não comporta as despesas feitas”, explicou. Ele também lembrou que o novo arcabouço fiscal exige disciplina, permitindo que os gastos cresçam de acordo com a receita arrecadada e corrigidos pela inflação.
O presidente reforçou que as medidas buscam equilibrar as contas do país. Segundo ele, ninguém deve receber benefícios que não tem direito, e o governo já está investigando irregularidades para corrigir problemas e usar os recursos de forma mais justa.
Isenção do imposto de renda para quem ganha até R$ 5 mil
Outro ponto destacado por Lula foi a isenção do imposto de renda para quem recebe até R$ 5 mil mensais. Segundo ele, essa medida beneficiará mais de 70 milhões de pessoas e faz parte de uma política que combina contenção de gastos com melhoria da renda.
Para viabilizar a isenção, será necessário cobrar mais impostos das pessoas com maior renda. Quem ganha acima de R$ 50 mil por mês pagará uma taxa mínima de 10%, que será gradual até atingir quem ganha até R$ 1 milhão por ano.
A proposta, que ainda precisa do aval do Congresso, faz parte dos esforços do governo para reduzir desigualdades e tornar o Brasil mais justo e solidário. “Queremos um país mais humano e fraterno”, concluiu Lula.