Governo anuncia medidas para ampliar participação indígena na COP30, que será na Amazônia
Ministério dos Povos Indígenas prepara agenda com comissão internacional e fundos para garantir protagonismo dos povos originários na conferência climática

Neste 19 de abril, Dia dos Povos Indígenas, o Ministério dos Povos Indígenas divulgou uma série de ações para fortalecer a participação das comunidades tradicionais na COP30, que ocorrerá em novembro no Pará.
A conferência, que pela primeira vez será sediada na Amazônia, é vista como uma oportunidade estratégica para colocar em pauta global os desafios da proteção do bioma e dos direitos dos povos originários. A meta é fazer desta a edição com maior presença indígena na história das COPs.
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Entre as iniciativas está a criação do Círculo dos Povos, uma comissão internacional presidida pela ministra Sônia Guajajara, que visa articular demandas indígenas e reconhecer seu papel na conservação florestal. Paralelamente, o Ciclo COParente – com 14 encontros organizados pelo ministério e Funai – busca mobilizar as comunidades para influenciar as discussões sobre governança ambiental. “A COP30 precisa deixar legados concretos, não ser apenas um evento passageiro”, destacou a pasta.
O governo também prepara mecanismos financeiros para direcionar recursos à floresta, como o TFFF (Fundo Florestas Tropicais para Sempre), que pretende desburocratizar o repasse de verbas internacionais às comunidades guardiãs do território. As ações buscam garantir que as vozes indígenas tenham peso decisivo nas negociações climáticas, alinhando proteção ambiental com direitos territoriais. A COP30 ocorrerá em Belém entre 10 e 21 de novembro de 2025.