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Trama Golpista

Moraes ameaça prender ex-ministro durante audiência sobre tentativa de golpe

Ministro do STF ameaça prender ex-deputado por desacato após divergência em depoimento sobre trama golpista

Thiago Borgespor Thiago Borges em 23 de maio de 2025
Moraes ameaça prender ex-ministro durante audiência sobre tentativa de golpe
Foto: Antônio Augusto/STF

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes ameaçou prender o ex-ministro Aldo Rebelo por desacato durante audiência realizada nesta sexta-feira (23), no âmbito da ação que investiga a tentativa de golpe de Estado em 2022. Rebelo foi convocado como testemunha de defesa do ex-comandante da Marinha, almirante Almir Garnier, um dos réus do chamado “núcleo 1” da trama golpista.

Durante a oitiva, conduzida por videoconferência, Moraes solicitou que Rebelo respondesse objetivamente às perguntas formuladas. Em determinado momento, o ex-ministro afirmou que “não admitia censura”, o que levou o ministro a adverti-lo: “Se o senhor não se comportar, será preso por desacato”.

A tensão aumentou quando Rebelo tentou interpretar uma suposta declaração de Garnier em reunião com o então presidente Jair Bolsonaro (PL), em 2022, sobre a possibilidade de decretação de estado de sítio ou de Garantia da Lei e da Ordem (GLO). Ao comentar que a língua portuguesa é repleta de “força de expressão”, foi interrompido por Moraes, que questionou se ele havia participado da reunião e afirmou que, não tendo estado presente, não poderia avaliar a linguagem utilizada.

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Após o momento de tensão, os ânimos se acalmaram e o depoimento prosseguiu normalmente.  A audiência faz parte da fase de instrução do processo que investiga a tentativa de golpe de Estado, envolvendo oito réus, incluindo o ex-presidente Bolsonaro (PL) e altos membros de seu governo.

As oitivas das testemunhas de defesa e acusação estão previstas para ocorrer entre 19 de maio e 2 de junho. Após essa etapa, os réus serão convocados para interrogatório, em data ainda a ser definida. O julgamento final, que decidirá sobre a condenação ou absolvição dos acusados, está previsto para ocorrer ainda este ano.

Com informações da Agência Brasil

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