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Saúde Pública

Riscos de medicamentos falsificados crescem com comércio online

Especialistas alertam para produtos irregulares vendidos na internet e reforçam importância de checar origem, registro e procedência

Luana Avelarpor Luana Avelar em 6 de julho de 2025

O uso de medicamentos falsificados representa um dos maiores riscos silenciosos à saúde pública no Brasil. Com a popularização do comércio eletrônico e o aumento das compras pela internet, cresceu também a circulação de remédios adulterados, sem registro sanitário ou procedência segura. Os perigos vão além da ineficácia: há risco real de intoxicação, agravamento da doença e reações adversas graves.

Segundo especialistas, medicamentos falsificados podem conter doses erradas, substâncias tóxicas ou nenhum princípio ativo. Sem passar por controle de qualidade, esses produtos são fabricados, muitas vezes, em condições insalubres e clandestinas. Isso compromete tanto a eficácia do tratamento quanto a segurança do paciente. Além disso, doenças crônicas ou infecciosas podem evoluir de forma silenciosa quando tratadas com substâncias inativas.

Entre os principais sinais de falsificação estão embalagens de baixa qualidade, erros de ortografia, rótulos borrados, lacres violados, ausência de bula ou registro da Anvisa. Alterações de cor, cheiro ou sabor do comprimido também são sinais de alerta. O número de registro na Anvisa deve constar na embalagem, precedido pelas letras “MS” (Ministério da Saúde), e pode ser verificado no site da agência reguladora.

O ambiente virtual ampliou o alcance dos medicamentos irregulares. Promoções excessivamente atrativas, preços muito abaixo da média e sites desconhecidos são sinais comuns de comércio não autorizado. A recomendação é comprar apenas de farmácias licenciadas, com Autorização de Funcionamento da Anvisa (AFE), e sempre exigir nota fiscal. Sites sem identificação clara da empresa responsável devem ser evitados.

A Anvisa também disponibiliza uma lista de estabelecimentos autorizados e canais de denúncia para casos suspeitos. O consumidor que identificar um possível medicamento falsificado deve interromper imediatamente o uso, guardar a embalagem e a nota fiscal e procurar a Vigilância Sanitária local. Em caso de reações adversas, a orientação é buscar atendimento médico o mais rápido possível.

Além do risco direto à saúde, o mercado de medicamentos falsificados movimenta bilhões em todo o mundo e está frequentemente ligado ao crime organizado. A fragilidade na fiscalização e a informalidade do comércio eletrônico criam brechas para que produtos sem qualquer controle sejam distribuídos em larga escala.

Saber identificar um produto original, conhecer os canais seguros de compra e desconfiar de promessas milagrosas são passos fundamentais para garantir a segurança no uso de medicamentos. O acesso à saúde passa, também, pela proteção contra fraudes — e, nesse campo, a vigilância do consumidor é tão importante quanto a ação das autoridades sanitárias.

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