Luigi expulso do BBB24? Participante se refere a colega com termo racista e equipe se pronuncia

Mais uma polêmica surge com o participante Lucas Luigi, participante do Big Brother Brasil 24. O vendedor carioca está enfrentando a repercussão nas redes sociais após ter utilizado o termo “macaca” para se referir a uma mulher negra durante uma conversa no Quarto do Líder.

Diversos vídeos sensacionalistas circularam nas redes sociais nesta terça-feira (23/1), afirmando que Lucas Luigi havia sido expulso do programa devido ao episódio. No entanto, informações oficiais confirmam que o participante continua normalmente no jogo e, segundo enquetes, tem baixo risco de ser eliminado no paredão desta noite.

A controvérsia começou quando o participante, em um diálogo sobre o Queridômetro, referiu-se ao gosto de Vinicius Rodrigues para mulheres: “A Yasmin falou que me deu cobra só porque falei que não gosto de loira”, comentou o Vinicius. “Ele gosta de macaca”, respondeu Luigi. Yasmin Brunet reagiu chocada. “Quê?” e se retirou do local. “Macaca não, ele gosta de preta, pretona”, disse tentando se retratar.

Em seguida numa conversa com Wanessa a modelo comentou a situação: “Luigi é sem noção, cara. Não é possível que ele não saia, te juro, não quero nem repetir o que ele falou, mas é uma pena porque gosto muito dele e não entendo por que ele fala essas paradas. Ele usou o mesmo termo de novo pra falar da Leidy, cara”

Nos primeiros dias do programa Luigi já havia usado o termo para se referir a Leidy Elin que respondeu dizendo: “É uma palavra muito pesada. Dois pretos, pobres e favelados. Não precisava nem estar falando isso com você”, disse ela e o vendedor respondeu que não deveria ter feito aquilo “Estava acostumado, realmente, no meio dos moleques é isso. Foi no automático, por isso te pedi desculpas. Não era para ter falado”.

Confira o pronunciamento da equipe responsável pelas redes do participante atravès de um carrossel de imagens: “Não é um pedido de desculpas”, diz a legenda da postagem. “Luigi como muitos de nós está em constante processo de letramento racial e assim como muitos de nós pretos, ainda reproduz contradições impostas pelo racismo estrutural, que esse texto não dará conta de resolver”, iniciou.

“Não podemos esquecer que ser um preto pobre de periferia é diferente daquele que está sentado nas cadeiras da academia”, disse, destacando que o participante “sempre esteve pronto para ouvir e se retratar diante de todas as situações que foi atravessado”.

“Sendo compreensivo, engraçado, acolhedor, afetuoso e humano, qualidades que são distanciadas da imagem de um homem preto. O racismo é tão complexo que faz com que os racistas sejam os primeiros a apontarem as falhas e contradições de uma pessoa negra: nada mais racista do que evidenciar as falhas e apagar as qualidades de uma pessoa negra”, completou.

“Destacamos nossa profunda admiração e respeito por todas as mulheres negras deste país, inclusive aquelas que formam a nossa equipe. Já são muitos contra nós, é hora de se unir!”, finalizou.