Segunda-feira, 18 de março de 2024

Despedida: Relembre as 5 maiores polêmicas na vida da repórter Glória Maria

Glória faleceu nesta quinta-feira (2/2) aos 73 anos, vítima de um câncer. Ela deixa duas filhas, Maria e Laura

Postado em: 02-02-2023 às 10h47
Por: Ícaro Gonçalves
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Glória faleceu nesta quinta-feira (2/2) aos 73 anos, vítima de um câncer. Ela deixa duas filhas, Maria e Laura | Foto: Reprodução/ Rede Globo

Glória Maria Matta da Silva, ou simplesmente Glória Maria, marcou a história da Rede Globo de televisão. A jornalista, repórter e apresentadora faleceu nesta quinta-feira (2/2) aos 73 anos, vítima de um câncer. Ela deixa duas filhas, Maria e Laura.

Afastada do Globo Repórter há mais de três meses, o último programa apresentado por ela foi a edição do dia 5 de agosto de 2022.

Na frente das telas, ela noticiava, mas também muitas vezes virava notícia. E nem todas as manchetes foram positivas. Confira a seguir algumas polêmicas na carreira e na vida pessoal da repórter mais famosa da TV brasileira.

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Real idade

Foto: Reprodução

A idade verdadeira de Gloria Maria já virou lenda urbana. Em alguns momentos ela já afirmou ter nascido em 1959. Mas estreou na Globo em 1971. Ou seja, teria apenas 12 anos na época. A data correta seria então 15 de agosto de 1949.

No site do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), é possível verificar o local de votação da jornalista, já que todo cidadão consegue conferir a informação consultando nome completo, data de nascimento e nome da mãe.

Na pesquisa com a data 15 de agosto de 1949, o site do TSE diz que uma das três informações estava incorreta. Porém, ao inserir a data de 15 de agosto de 1959, a página exibe o local de votação da jornalista no Rio de Janeiro. Assim, a publicação concluiu que a veterana teria 63 anos de idade, não 73.

Apesar da informação oficial do TSE, a verdadeira data ainda continua um mistério.

‘Negro não entra’

Na década de 1970, Gloria Maria foi barrada na porta de um hotel de luxo, na zona sul do Rio. “Preto tem que entrar pela porta dos fundos”, disse o gerente. A jornalista chamou a polícia e usou a Lei Afonso Arinos contra a discriminação racial no Brasil. O funcionário que a ofendeu foi demitido. O caso gerou ruidosa repercussão na época.

Sofrimento na pele

Durante os 10 anos nos quais comandou o Fantástico, a apresentadora sofreu inúmeros ataques racistas por carta e e-mail. “Atingia a minha alma e o meu coração. Mas nunca fraquejei, nunca desisti”, escreveu numa rede social. A Globo recebia ligações de telespectadores exigindo que Gloria Maria fosse substituída por uma apresentadora branca.

Bate-boca com o general

A jornalista contou algumas vezes que virou desafeta do presidente João Batista Figueiredo, último do regime militar. Os dois tiveram uma discussão que foi ao ar no Jornal Nacional. “Desde esse dia, passou a me odiar. E onde eu chegava, dizia para a segurança: ‘Não deixa aquela neguinha chegar perto de mim'”, contou Glória Maria ao Projeto Memória Globo.

Namorados brancos e gringos

Ainda no aspecto racial, Glória Maria foi alvo de comentários por supostamente se relacionar apenas com homens brancos e, quase sempre, estrangeiros. “Já namorei negros, sim, só que não são conhecidos”, respondeu a jornalista ao site da colunista Lu Lacerda. Aos que a acusaram de rejeitar a própria raça, a repórter disse que sempre teve “orgulho de ser negra”.

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