Renato Cariani é indiciado por tráfico e lavagem de dinheiro

A defesa do influenciador nega o envolvimento

Postado em: 30-01-2024 às 15h26
Por: Ana Beatriz Santiago
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Imagem: reprodução/redes sociais

O influenciador fitness Renato Cariani, que possuí 7 milhões de seguidores no Instagram e seu sucesso no mundo do fitness e no podcast Ironberg, foi indiciado pela Polícia Federal de São Paulo após uma investigação de dez meses. O caso envolve a suspeita de desvio de produtos químicos para a produção de drogas destinadas ao narcotráfico, em um esquema que teria abastecido uma rede criminosa de tráfico internacional, incluindo facções como o Primeiro Comando da Capital (PCC).

O relatório final da Polícia Federal apontou o indiciamento de Renato Cariani e mais dois amigos, Fabio Spinola Mota e Roseli Dorth, pelos crimes de tráfico equiparado, associação para tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. A investigação não solicitou a prisão dos três indiciados, permitindo que respondam ao processo em liberdade.

A Anidrol Produtos para Laboratórios Ltda., empresa localizada em Diadema, na Grande São Paulo, e da qual Renato Cariani é sócio, foi o principal alvo da operação. A PF alega que o grupo teria desviado toneladas de produtos químicos para a produção de cocaína e crack, utilizando notas fiscais falsas de vendas para multinacionais farmacêuticas como fachada.

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Segundo as informações obtidas, Fabio Spinola Mota é apontado como o responsável por esquematizar o repasse dos insumos entre a Anidrol e o tráfico, usando artifícios como a criação de um falso e-mail em nome de um suposto funcionário de uma multinacional.

A defesa de Renato Cariani, em nota, declarou que o indiciamento ocorreu de forma precipitada, há mais de 40 dias, antes mesmo de Cariani ter a oportunidade de prestar esclarecimentos. Eles afirmam que a Autoridade Policial expôs conclusões equivocadas e apresentaram documentos que, segundo eles, comprovam a inocência do influenciador.

Roseli Dorth, sócia de Cariani na Anidrol, também teve sua defesa contestando as conclusões da Polícia Federal, classificando-as como gravemente equivocadas. Eles apresentaram mais de 100 documentos ao Ministério Público para demonstrar a desvinculação de Dorth dos fatos apurados.

A PF iniciou as investigações após a Receita Federal identificar depósitos suspeitos de mais de R$ 200 mil feitos pela AstraZeneca para a Anidrol. No entanto, a multinacional negou qualquer compra de produtos da empresa vinculada a Renato Cariani.

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