Grávida foi dopada antes de ser assassinada

De acordo com a Polícia Civil, uma mulher teria matado uma gestante enforcada, e em seguida cortado sua barriga para retirar o bebê

Postado em: 29-06-2017 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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De acordo com a Polícia Civil, uma mulher teria matado uma gestante enforcada, e em seguida cortado sua barriga para retirar o bebê

Wilton Morais 

O crime aconteceu na ultima terça-feira (27), em Nerópolis, na Região Metropolitana de Goiânia. De acordo com a Polícia Civil (PC), uma mulher teria matado uma gestante enforcada, e em seguida cortado sua barriga para retirar o bebê. A suspeita Suelen Coimbra do Carmo, após realizar o parto forçado, enterrou o corpo de Naiara Silva Costa em uma cova no quintal da casa onde morava. A criança também não resistiu e acabou morrendo.

Quando as vítimas foram encontradas pela Polícia, Naiara estava enrolada em cobertas, dentro do buraco, já fechado. Já a criança estava envolta de panos no quarto da suspeita, dentro de uma bacia. Segundo informou a PC, Suelen confessou o crime e disse ter sofrido um aborto há cerca de dois meses. A vítima estava no 8º mês de gestação e conheceu a suspeita por meio de redes sociais, em um grupo de ajuda para pessoas necessitadas.

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Investigação

A principal hipótese, de acordo com a PC, é de que a suspeita tinha interesse em ficar com a criança. Segundo a delegada que investiga o caso Azuen Magda Albarello, Suelen fez a vítima passar mal e a enforcou, o que causou o óbito. Na tentativa de fazer o parto forçado, o bebê não resistiu. 

Já a cova, conforme explicou a PC, teria sido cavada pelo servente de pedreiro Marcos Pereira, que teria sido pago por Suelen, para cavar o buraco. A suspeita teria alegado que faria uma horta no local. Desconfiado de que o buraco teria dois metros de comprimento por um de profundidade, Marcos chamou a polícia. A Polícia encontrou na residência luvas, um bisturi e medicamentos utilizados para dopar a gestante.

Ainda ontem (28), a Polícia Civil começou a ouvir parentes e vizinhos de Suelen. A suspeita permanece detida, à disposição do Poder Judiciário. Para a polícia, não há indícios de que o companheiro de Suelen, que seria o pai da criança que ela perdeu, teria participação no crime. A suspeita teria utilizado uma barriga falsa para não transparecer que havia perdido o bebê.

Crime

No inicio deste mês, a justiça mineira julgou um crime com as mesmas características em Ponte Nova, Minas Gerais. O caso aconteceu em junho de 2015. A ré Gilmaria Silva Patrocínio foi condenada a pena de 34 anos de prisão. 

À época do crime, a vítima Patrícia Xavier da Silva teve a barriga cortada por Gilmaria para retirar a criança. O bebê sobreviveu e hoje, com quase dois anos, vive com os avós. A ré foi condenada por homicídio, com quatro qualificadoras; motivo torpe, mediante dissimulação, com emprego de meio cruel e para assegurar a execução de outro crime.

A condenação também foi pelos crimes de perigo para vida de outra pessoa, de ocultação de cadáver, de subtração de incapaz e de dar parto alheio como próprio. A mulher não poderá recorrer em liberdade. 

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