Em Goiânia, Inflação em janeiro atingiu 0,74%, revela Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

Índice é o maior para o mês registrado desde 2016

Postado em: 10-02-2022 às 10h59
Por: Maiara Dal Bosco
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Índice é o maior para o mês registrado desde 2016 | Foto: Reprodução

Em Goiânia, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de janeiro atingiu 0,74%, a maior alta para o mês desde janeiro de 2016 (1,20%). Com isso, o índice acumulado nos últimos doze meses atinge 11,32% na Capital goiana. Os dados foram divulgados ontem (09) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e apontam ainda que, no país, a inflação desacelerou para 0,54% em janeiro, após ficar em 0,73% em dezembro. Esse também foi o maior resultado para o mês de janeiro desde 2016 (1,27%). Nos últimos 12 meses, o indicador acumula alta de 10,38%.


Na Capital, a alta do mês se deu principalmente pelo aumento no preço do Veículo Próprio, que subiu 0,94% em janeiro, décima sexta alta consecutiva. Outro item de forte peso na cesta de compras das famílias abrangidas pela pesquisa são os Combustíveis, que variaram 0,44% no primeiro mês de 2022. O item Carnes, que já havia subido 3,53% em dezembro, continua subindo em janeiro (3,15%) e já acumula alta de 12,22% nos últimos 12 meses. Além disso, em Goiânia, houve aumento de 1,46% nos Produtos Farmacêuticos, de 0,93% no Aluguel residencial, de 2,38% no Óleo Diesel, de 0,59% na Gasolina e de 0,42% na Energia Residencial.

O IBGE revelou ainda que, com relação aos grupos pesquisados, todos apresentaram variação positiva em janeiro de 2022. O destaque ficou para o Vestuário (1,59%), que acumula alta de 4,58% nos últimos doze meses; para Alimentação e Bebidas (1,48%), com crescimento de 9,17% nos últimos doze meses; para Saúde e cuidados pessoais (1,14%); e Despesas Pessoais (0,75%).

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Neste cenário, Goiânia apresentou a quinta maior variação entre as áreas pesquisadas, após fechar o ano de 2021 como a quinta menor variação (0,58%). As altas foram influenciadas também pelos preços de alimentação e bebidas (1,48%), como a batata-inglesa (22,96%) e o tomate (16,83%).

Condições Econômicas 

Neste cenário de alta na inflação, um levantamento realizado pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo SPC Brasil, em parceria com a Offer Wise Pesquisas, apontou que 51% dos brasileiros acreditam que as condições da economia em 2021 pioraram em relação a 2020. A pesquisa aponta ainda que quatro em cada dez brasileiros avaliam que a própria condição financeira piorou em 2021 (43%), enquanto 31% acreditam que não melhorou nem piorou, e para 23% houve melhora. Em 2019, período pré-pandemia, 26% avaliaram que havia piorado e 30%, melhorado.

Considerando as experiências financeiras vivenciadas em 2021, o cenário mostra um aperto financeiro das famílias brasileiras: 40% dos entrevistados tiveram que renunciar a produtos ou serviços que compravam, enquanto 32% tiveram que fazer uso de alguma reserva de dinheiro que possuem. Já 31% ficaram muitos meses com as contas no vermelho (em 2019, eram 24%) e 25% ficaram desempregados.

O cenário de aperto financeiro se confirma uma vez que 83% tiveram que fazer cortes ou ajustes no orçamento em 2021, sendo que 59% tiveram que redirecionar o dinheiro para pagamento de contas do dia a dia, 35% para pagar contas em atraso e 25% para economizar e guardar dinheiro. Entre aqueles que realizaram cortes no orçamento, 55% reduziram as refeições fora de casa/delivery, 48% os itens supérfluos de supermercado e 44% cortaram a compra de vestuários, calçados e acessórios.

2022

Considerando as expectativas para o cenário econômico do país em 2022, a pesquisa mostrou que 63% dos entrevistados esperam um cenário melhor, enquanto 17% não esperam diferença e 9% aguardam um cenário pior. Entre os que estão otimistas com a economia este ano, 55% são otimistas e acreditam que as coisas podem melhorar mesmo com todos os problemas atuais no Brasil, 46% afirmam que a economia deve se recuperar na medida em que a maioria das pessoas se vacinarem, e 41% esperam que haja recuperação econômica.

Além disso, nove em cada dez brasileiros possuem algum temor quanto a sua vida financeira em 2022 (90%), sendo os principais: não conseguir pagar suas contas (52%, em 2019 era 39%), não ser possível guardar dinheiro (39%), ter que desistir de consumir coisas que gosta (24%) e não conseguir um emprego (24%).

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