Manifestação de comunidade palestina em Goiânia pede cessar-fogo em Gaza

Vigília organizada pelo Comitê de Solidariedade ao povo Palestino na Praça do Estado da Palestina abaixo da Tamandaré

Postado em: 06-11-2023 às 08h42
Por: Matheus Santana
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Vigília organizada pelo Comitê de Solidariedade ao povo Palestino na Praça do Estado da Palestina abaixo da Tamandaré | Foto: Divulgação

A cidade de Goiânia é conhecida por sua rica diversidade cultural e étnica, e entre as várias comunidades que existem no estado, a comunidade palestina se destaca como uma parte significativa nessas misturas de culturas. A história da imigração palestina em Goiás é marcada por desafios e muitas conquistas. Com o grande aumento da população palestina em Goiânia, comunidades foram criadas para manter os costumes e tradições desse povo vivo em seus corações. 

Uma dessas comunidades é o Comitê de Solidariedade ao Povo Palestino em Goiás, que foi criado no dia 24 de outubro deste ano. O comitê é composto por dezenas de ativistas e militantes de diversas organizações políticas e sociais, atuantes na cidade de Goiânia, além de vários integrantes da comunidade árabe que vivem no Estado de Goiás, que está unido para expressar sua solidariedade com o povo da Palestina. O comitê se une com o objetivo de presta solidariedade diante das recentes ações executadas pelo estado de Israel contra o povo palestino. 

A reportagem do Jornal O Hoje conversou com Eduardo Sugizaki, membro da Diretoria da Associação dos Professores da PUC Goiás e que também é membro do comitê. Eduardo nos relatou que o comitê surgiu através de uma reunião chamada para a Mesquita de Goiânia, com acolhida pelo Sheikh Kamal e por sua esposa, Fátimah Issa.   

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Antes da criação do comitê do dia 24 de outubro aconteceram alguns atos públicos, como o do dia 12 de outubro, que aconteceu na Praça do Estado da Palestina. Logo após essa reunião é que o foi que o Comitê de Solidariedade ao Povo Palestino criado oficialmente.

“Eu estive presente na fundação do Comitê. Eu estava no exterior, quando cheguei ao Brasil, mas especificamente aqui em Goiás, já havia ocorrido um pequeno ato político que foi anterior à fundação do Comitê”, disse Eduardo. 

Além de Eduardo, o Jornal O Hoje também conversou com Fatimah Issa, de 56 anos, que ao lado de seu marido Sheik Kamal, de 81 anos, foram os responsáveis pela fundação do comitê. Segundo a imigrante, o pai do Sheik Kamal veio primeiro para o Brasil, em uma viagem de navio, tempo depois foi a fez do sheik, que chegou aqui com 16 anos de idade.

Fatimah também contou um pouco sobre a necessidade de defender a Palestina: “Defender a Palestina é muito mais do que defender a terra, é defender as tradições, os costumes e a cultura da região. Defender Al Aqsa é o direito dos muçulmanos rezarem na segunda casa de oração do mundo. A Palestina é um patrimônio da humanidade, ela é o berço de várias religiões”.

A imigrante palestina também diz que reza a Deus pedindo por um cessar-fogo. “Crianças estão morrendo a cada 15 minutos e outras são soterradas com suas famílias. Por isso nós reunimos na mesquita pra suplicar a Deus, pedindo pelo cessar-fogo, para que abram o corredor humanitário e haja paz na Palestina”, diz a Fatimah.

Devido a estes sentimentos o Comitê vem se reunindo, levantando essas questões e, claro, contribuindo para que esses imigrantes possam continuar próximo a sua cultura mesmo longe do seu país. As manifestações e protestos já realizados no Ocidente têm sido fundamentais para pressionar os governos a ceder e reconsiderar seu apoio a ações inconsistentes com os direitos humanos e internacionais. Por esse motivo, cada vez mais o comitê ínsita os trabalhadores, os povos e suas organizações a apoiar o apelo por um cessar-fogo imediato.

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