Silenciosas, Doenças Renais Crônicas estão associadas à hipertensão arterial e ao diabetes

Como a evolução do quadro se dá de forma assintomática, muitos pacientes têm o diagnóstico da doença tardiamente e precisam se submeter a tratamentos imediatos com procedimento de hemodiálise

Postado em: 07-12-2023 às 09h00
Por: Ronilma Pinheiro
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O curso prolongado dessas doenças, podem aparecer de forma benigna em muitos casos. Porém, podem se agravar para complicações maiores | Foto: Divulgação

O termo Doenças Renais Crônicas (DRC) refere-se às alterações heterogêneas que afetam tanto a estrutura quanto a função renal, com diferentes causas e inúmeros fatores de risco. O curso prolongado dessas doenças, podem aparecer de forma benigna em muitos casos. Porém,  podem se agravar para complicações maiores. Como a evolução do quadro se dá de forma assintomática, faz com que o diagnóstico seja feito tardiamente. Nesses casos, o principal tratamento imediato é o procedimento de hemodiálise.

As principais causas dessas doenças são a hipertensão arterial – popularmente conhecida como pressão alta – e o diabetes, segundo o médico urologista  Rodrigo Rosa de Lima. No Brasil cerca de 80% dos pacientes com DRC sofrem de uma dessas duas patologias. “Quando o paciente já tem complicações graves eventualmente até complicações cardiovasculares como infarto, derrame ou neuropatias no caso do diabético, fica mais propenso a ter uma DRC”, explica.

O médico alerta que as pessoas façam exames de rotina, uma vez que os sintomas só começam a surgir, depois que a enfermidade já está em uma fase bastante  avançada. Os sintomas podem evoluir desde a uma anemia – doença mineral óssea que altera o metabolismo do cálcio e com isso há um risco maior de fraturas, à elevação da pressão arterial. Além desses, o pacientes costuma ter inchaço nos membros e no rosto, arritmia e  vômitos repetidos, segundo o especialista. “Por isso é muito importante que o paciente sempre cuide da saúde e faça uma avaliação preventiva”, orienta.

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A melhor forma de prevenir a DRC é mantendo bons hábitos de vida, é o que afirma o urologista. “O paciente precisa ter um peso adequado, cuidar da alimentação evitando comidas com muito açúcar ou muito sal que são os principais fatores que vão levar ao desenvolvimento diabetes e pressão arterial elevada, e precisa fazer atividade física regularmente cinco vezes por semana durante 50 minutos”, detalha.

No caso do paciente que não conseguiu prevenir a doença, precisa manter o controle regular da patologia, em consultas com o médico especialista na área, que avalie a filtração através de exames de sangue, exames de imagem, como uma ultrassonografia dos rins. “O médico consegue avaliar a saúde da filtração e o funcionamento dos rins”, pontua. Rodrigo destaca ainda que na maioria das vezes, o tratamento consiste em cuidar dessas doenças que estão relacionadas ao desenvolvimento da DRC. “Nesse caso, o controle rigoroso do diabetes da hipertensão arterial, como diminui o consumo de proteína na dieta, já que o excesso de proteína sobrecarrega a filtração do rim”, orienta.

Sinais de que os rins não estão em bom funcionamento

Apesar de ser uma doença silenciosa, existem alguns sinais que podem indicar que pode haver algum problema com os rins, segundo o urologista. Por isso, é importante ficar atento à cor da urina, uma vez que a coloração é muito importante, e dá sinais de que alguns problemas de saúde podem estar ocorrendo. “Urina clara ou transparente são sinais de que o seu organismo está corretamente hidratado. Urina muito concentrada pode significar que você está ingerindo pouca quantidade de líquido, especialmente água”, explica. Quando a urina está amarronzada ou preta podem significar problemas sérios com os rins, segundo Rodrigo. “E, claro, sangue na urina sempre deve ser investigado com um urologista e um nefrologista”, acrescenta. 

“Dor nas costas, em cólica, com vômitos, na grande maioria das vezes significa que você pode estar com um cálculo renal. Não negligencie esse sintoma e procure um médico o mais rápido possível”, orienta o especialista. O médico destaca ainda que o histórico familiar de doença nos rins ou de pessoas em hemodiálise são importantes. “Se você tem parentes que têm ou tiveram esses problemas de saúde, vale a pena procurar um médico especialista na saúde dos rins para uma avaliação adequada”, alerta.

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