Projeto aprovado pode gerar mudanças na cobertura vacinal

SMS afirma que já existe um projeto parecido em Goiânia e destaca as possíveis mudanças que podem ocorrer

Postado em: 11-04-2024 às 08h00
Por: Ronilma Pinheiro
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Até o momento, Goiânia vacinou cerca de 40 mil pessoas com a vacina contra a influenza, segundo a SMS | Foto: Divulgação

Um projeto de lei que institui o Programa de Vacinação Domiciliar à Pessoa com Deficiência ou Idoso Restrito ao Domicílio, foi aprovado em segunda votação na Câmara Municipal de Goiânia nesta semana. A matéria é de autoria do vereador Willian Veloso (PL).

A proposta considera “idoso restrito ao domicílio” a pessoa com mais de 60 anos, incapaz de sair de casa sozinha ou que se locomova sem auxílio apenas na vizinhança onde fica a sua moradia.
O texto diz ainda que a solicitação de vacinação em domicílio caberá ao próprio beneficiário ou a seu representante. Além disso, a demanda deverá ser encaminhada ao posto de saúde da área em que reside a pessoa com deficiência ou o idoso. Agora, o projeto segue para sanção ou veto do prefeito Rogério Cruz (Republicanos).

Ao comentar o assunto, a Diretora de Vigilância Epidemiológica de Goiânia, Marília de Castro, destaca que a Secretaria Municipal de Saúde da capital já tem um projeto onde a vacinação em domicílio é disponibilizada para idosas que apresentam dificuldades de locomoção, pessoas que estão acamadas e para deficientes que não conseguem se locomover até uma unidade de atendimento.

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“Então, essa vacinação já ocorre em Goiânia, inclusive nesse momento nós estamos percorrendo a campanha nacional de imunização contra a influenza”, salienta a diretora. Marília aproveita para chamar a atenção para os grupos prioritários que precisam tomar a vacina contra a influenza.

Para ter acesso ao serviço, basta um responsável entrar em contato com a unidade mais próxima e também fazer uma solicitação junto aos distritos sanitários de Goiânia, que ao todo, são sete. As demais informações estão no site https://www.goiania.go.gov.br.

A orientação da diretora é que a população procure as redes sociais oficiais da prefeitura e da Secretaria Municipal que é o Instagram e o site destinado especificamente para vacina, que é o caso do Imuniza Gyn. “É só digitar no google: ‘imuniza gyn’, que você consegue acessar essas informações”, reitera.

Marília comenta que, no entanto, a partir do momento em que o projeto se tornar, pode ocorrer algumas alterações no projeto atual. “ Vamos ler o texto completo desta lei, verificar se há algo que a secretaria ainda não esteja cobrindo e, então, reestruturar para garantir que cumpramos a lei”, ressalta.

Nesse sentido, a partir do momento em que a lei for publicada, a SMS fará uma análise do texto, para verificar quais os ítens que já realizam e quais precisam aderir no esquema de vacinação. Caso existam pontos que divergem, serão feitas adequações necessárias para que o texto seja cumprido, é o que afirma a diretora.

Adesão à vacinação em Goiânia
Até o momento, Goiânia vacinou cerca de 40 mil pessoas com a vacina contra a influenza, de acordo com Marília. A diretora destaca ainda que nesse primeiro momento, por orientação do Ministério da Saúde, a vacina é direcionada aos grupos prioritários. “Temos uma população-alvo que inclui pessoas idosas acima de sessenta anos, gestantes e crianças de seis meses a menores de cinco anos”, destaca.

Marília lembra que a SMS promove no próximo sábado, 13, o Dia D da vacinação. Será um dia adicional, com quarenta salas abertas para a vacinação, inclusive no mutirão da prefeitura, no Jardim do Cerrado, na região Oeste. “Esperamos vacinar um número ainda maior de pessoas”, comenta.

A preocupação com a cobertura vacinal deste ano surge devido aos registros de anos anteriores, nos quais a meta nunca foi alcançada, de acordo com a diretora. “A gente espera que, pelo menos, noventa por cento da população-alvo seja vacinada”, afirma, ao destacar que, nos anos anteriores, a taxa de vacinação foi ligeiramente superior a 50%. O número representa um problema de saúde, pois anos nos quais a cobertura vacinal não atinge a meta podem resultar em casos graves da doença, inclusive levando a óbito, alerta a especialista.

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