Nordeste de Goiás terá maior usina fotovoltaica do mundo

Construção de parque temático e usina fotovoltaica devem levar desenvolvimento para região goiana

Postado em: 01-03-2019 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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Construção de parque temático e usina fotovoltaica devem levar desenvolvimento para região goiana

Isabela Martins*

Projeto prevê a construção de um parque temático no município de São João D’Aliança, no Nordeste do Estado. A idéia é construir um complexo turístico de referência nacional, com atividades de lazer e com condições de receber turistas de todo o país com a instalação de uma usina fotovoltaica que deverá ser uma das maiores do mundo. A previsão é que a construção dure dois anos. 

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A prefeita do município Débora Dominguez ressaltou a importância da construção para a região. “É grande a expectativa e acredito que vai acontecer mais rápido do que a gente imagina. É um investimento que vai trazer muito desenvolvimento não só para São João, mas para toda a região. Por muito tempo a gente esperava algum tipo de indústria para o município”. 

São mais de 13 mil habitantes em São João, com a construção a expectativa é que sejam mil empregos indiretos gerados. De acordo com Débora, o município conta com riquezas naturais como cachoeiras e cavernas, o que deve estimular o turismo da região, e gerar mais empregos. 

Usina Fotovoltaica

Foi entregue ao Governo Ronaldo Caiado estudos sobre uma usina fotovoltaica. Há pouco mais de 30 dias o governador se reuniu com representantes da empresa sul-coreana KBS e do conglomerado de investimentos Enspire Group assinaram o protocolo de intenções para instalação da usina, que deverá ser uma das maiores do mundo. Com investimentos previstos de US$ 2 bilhões, cerca de R$ 8 bilhões. A usina deverá produzir 600 MW de energia e ser uma das maiores do mundo. 

No encontro com empresários o governador avaliou, sob o ponto de vista técnico, o projeto, que agora entra na etapa de licenciamento jurídico e estudos ambientais. “A tecnologia coreana será um marco no desenvolvimento do Estado de Goiás”, afirmou Caiado. Agora o projeto passará por fase de apresentação dos documentos solicitados pelo Banco Central e pelo governo federal. 

Impacto ambiental

Em seguida a Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Secima), irá realizar o Estudo de Impacto Ambiental e o Relatório de Impacto Ambiental (EIA/RIMA), fundamentais para o projeto de extensão. O secretário de Desenvolvimento Econômico e Inovação, Adriano Rocha Lima ressaltou as novas etapas. “Uma delas é todo projeto o processo de licenciamento ambiental que, por mais que tenhamos celeridade e disposição para adiantar, tem um rito mínimo a ser seguido. Precisa passar pela estação chuvosa e de seca, para que tudo seja feito conforme a legislação ambiental. Há também toda a exigência jurídica para que investimentos de fora entrem no Brasil e para a empresa, que vai fazer todas as instalações da fábrica”, afirmou. 

Ainda de acordo com Adriano, será necessário mais seis meses para finalizar a fase jurídica. “É o prazo para o recurso chegar ao Brasil, a empresa estar aberta e todos os trâmites concluídos a parte ambiental leva um pouco mais de tempo. Acreditamos que, até o final deste ano, todo o processo ambiental esteja concluído, para que no início do ano que vem comece efetivamente a instalação da usina e da fábrica”.

Estudo técnico 

O governador também recebeu um estudo técnico que determina o local escolhido para a instalação da usina e da fábrica. “Há todo um trabalho feito de planimetria, mostrando que o relevo é ideal e a luminosidade é perfeita, e a avaliação da proximidade das redes de alta tensão”. Caiado ainda ressaltou a importância da construção para o turismo do município. “Além de mostrar toda a beleza, isso permitirá aos turistas apreciar o que eles vão mostrar em termos de tecnologia e de melhoria das condições de desenvolvimento da região”.

O secretário de Desenvolvimento Econômico estima que sejam gerados uma quantidade significativa de empregos indiretos que podem transformar a região. “Há toda uma cadeia produtiva envolvida, com os mais diversos fornecedores, que vão gerar empregos também. A instalação não é só da usina, mas da fábrica das placas fotovoltaicas, parques temáticos e de outras empresas tecnológicas que vão compor este parque tecnológico”, concluiu Adriano Rocha. (Isabela Martins é estagiária do Jornal O Hoje sob orientação do editor de Cidades Rhudy Crysthian)

 

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