Começa hoje campanha de combate à raiva

Atualmente, a vacina é a principal medida comprovada de combate à raiva

Postado em: 01-09-2016 às 06h00
Por: Renato
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Atualmente, a vacina é a principal medida comprovada de combate à raiva

Setembro é o mês de campanha contra a raiva. Surto transmitido principalmente pelos pets para os humanos, a raiva é alvo de combate em todo o mundo, apesar de já ter sido erradicada em alguns pontos da Terra. A importância da vacina, portanto, é elevada neste mês, já que o dia 28 de setembro foi escolhido como o Dia Mundial de Combate à Raiva. Sua incidência é em animais e, por serem os cães e gatos os que têm mais contato com os humanos, o foco da vacina é nos pets, tanto que sua gratuidade só existe para a vacina de cães e gatos. 
A vacina é a principal medida comprovada de combate à raiva atualmente. O médico veterinário Jaime Dias, gerente técnico de Animais de Companhia da Merial Saúde Animal, explica que ainda não existe tratamento disponível para a raiva e “todos os mamíferos, inclusive o homem, são suscetíveis à infecção, manifestação clínica e consequente evolução da doença até a morte”. Por isso a luta contra a epidemiologia estaciona-se na prevenção, e o tratamento fica, ainda, à mercê das pesquisas. No caso dos mamíferos silvestres, a vacina ainda é terceirizada. 
A fatalidade da doença é uma das principais preocupações quando o assunto é raiva. O veterinário Bruno Sérgio, gerente de controle de população animal da Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia, relata que há registro de apenas cinco casos em que as pessoas que contraíram o vírus conseguiram sobreviver ao contágio. “No entanto todos tiveram sequelas, como lesões neurológicas e paralisia”, explica. Ainda segundo ele, em Goiânia, a vacina que circula é aquela contra a raiva paralítica. Essa forma com que a doença se manifesta faz com que a vítima deixe de andar, fique apática e salivando, conforme explica o Bruno Sérgio.
A outra variante da doença, a raiva furiosa, circulou em Goiás até os anos 2000. “O animal tornava-se agressivo e atacava as pessoas”, explica Bruno. Outra diferença da furiosa para a paralítica é que, na última, a transmissão é acidental e, na primeira, há o ataque. Já no caso dos animais silvestres, os sintomas variam um pouco. “Os principais sinais clínicos são paralisia de membros posteriores e de cauda, evoluindo para respiração abdominal e morte em três a seis dias após inicio dos sinais clínicos da doença”, explica Jaime Dias.
No caso de o seu animal de estimação não ter tomado a vacina e, por um acaso, tenha convulsão, o melhor é chamar por um veterinário e não interferir. Isso porque, se a convulsão for um sintoma de raiva, é possível que o humano que tentar ajudar o animal seja contagiado pela doença. “Evite o contato ou manuseio do mesmo e procure imediatamente o médico veterinário. Ele é o profissional capacitado para realização de orientações e diagnóstico adequado para o seu animal”, finaliza Jaime.

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