Temporada de jogos exige atenção e cuidados com os pets

Neste período, os bichinhos estão sujeitos a cometerem fugas, além de ficarem estressados e desconfortáveis com os barulhos incomuns pela casa

Postado em: 28-06-2018 às 08h00
Por: Kamilla Lemes
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Neste período, os bichinhos estão sujeitos a cometerem fugas, além de ficarem estressados e desconfortáveis com os barulhos incomuns pela casa

Kamilla Lemes*

Com a chegada da temporada de jogos do Brasil e outras seleções, os brasileiros começam a organizar a torcida: vestem verde-amarelo, combinam de assistir os jogos reunidos, decoram as ruas e preparam seus apitos e cornetas para fazer muito barulho. E, é claro que o animal de estimação acaba não ficando de fora de toda essa movimentação. Sabemos que qualquer momento fica sempre mais especial tendo a companhia deles. Mas, será que eles estão preparados e o seu bem-estar sendo considerado?

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É preciso tomar algumas precauções e cuidados com o pet para que ele não sinta medo, fique ansioso ou estressado com o barulho dos fogos de artifícios e movimentações das pessoas durante este período. Soma-se a isso o riscos frequente de fugas e acidentes como atropelamentos e enforcamentos durante as comemorações, já que a mobilização em torno dos jogos é gigante e muito atípica para os cães e gatos.

Mas é preciso ter calma: Para tentar ajudar os bichos a se sentirem mais a vontade neste período, a veterinária Luciana Falleiros Fernandes, que presta  atendimento a domicílio desde 2010 em Goiânia, traz dicas para eficientes e simples para aplicar em casa com o animal.

“Para evitar que os pets fiquem tão incomodados e assustados com os fogos, uma boa dica é acomodá-los em um cantinho da casa em que eles se sintam bem e oferecer brinquedos, petiscos e até uma música ambiente se possível. Pela manhã, levar o bichinho para um passeio e um banho relaxante é uma ótima sugestão, pois ao fim do dia, eles irão dormir com mais facilidade”, destaca.

A jornalista e professora universitária Patrícia Drumond sempre se organiza nas vésperas de celebrações e visitas que recebe em casa. “Eu sempre preso pelo bem-estar dos meus gatos. Aqui em casa, por exemplo, eu vou assistir aos jogos na casa de amigas para que eles fiquem a vontade”, conta.

Expedito, um dos gatos da professora já se assustou com um barulho e se escondeu por mais de 24 horas no forro do teto da casa. “ Eu chamei uma equipe do Corpo de Bombeiros e eles foram lá em casa, tentando resgatar o Expedito. Mas ele ficou ainda mais assustado e não saiu de lá. Só fui ver ele no dia seguinte pois ele saiu sozinho” finalizou.

Mas mesmo com tantos mimos, os outros bichinhos ainda sofrem com os ruídos incomuns que acontecem dentro do lar. Patrícia relata que até a organização da casa é estruturada para que não haja desconforto na vida dos felinos. “Eles têm problemas com qualquer barulho estranho que escutam. A Elpídia se estranha com aspirador de pó. Por isso ligamos ele somente uma vez na semana. Já o Bóris não pode ouvir o liquidificador funcionando. Uma vez eu liguei com ele no colo e fiquei toda arranhada. Quando ligamos os eletrodomésticos, brinco muito com a Rose, minha funcionária, que eles somem e a casa fica totalmente vazia. Eles se escondem e quando percebem que o ambiente está tranquilo, naturalmente, saem debaixo das camas e dos armários”, conta.

A ação natural do ser humano é de proteger e pegar no colo o pet, quando eles se sentem com medo. Entretanto, Luciana explica que não é conveniente que isso ocorra em uma situação de fobia do cão, gato e demais bichinhos de estimação. “O animal têm uma crise de ansiedade bem desesperadora. Uma espécie de “convulsão” e é um sofrimento muito grande para eles. Quando você o pega no colo e usa uma voz mais dócil, de imediato, ele entende que você está aprovando aquele comportamento dele e que aquela atitude é correta”, afirma.

O ideal nessas situações, conforme explica a veterinária, é que o dono haja normalmente, jogando petiscos dentro dos brinquedos para que estimule a distração do bichinho. Além disso, é importante que as pessoas andem e falem pela casa normalmente.

Os índices de fuga estão mais sujeitos a acontecerem. Luciana Fernandes preparou dicas para preservar o bem-estar e a saúde do pet durante os jogos. Confira!

1- Identificar o pet- A tendência deles é fugir, por medo do foguetório. Então o ideal é colocar uma coleira com nome do animal e se possível, o telefone para contato.

2- Portas fechadas- Fechar as portas, evitando fugas e tomar cuidados com vidraças de casa que podem ser quebradas por eles.

3- Ficar junto de seu pet- Fazer companhia ao animal é muito importante para que ele não se sinta sozinho e fique com mais medo.

4- Música- Colocar uma boa música ambiente com o volume um pouquinho mais alto é uma ótima opção. Mas, sempre colocar um som que ele esteja habituado a ouvir na casa. Nada de colocar estilos muito diferentes do que o de costume.

5- Abafar o ambiente- Fechar janelas e portas e deixar a televisão ligada vai distrair o animal.

6- Coleira-  É muito perigoso deixar ele preso, pois quando ele se assustar irá ficar nervoso e até mesmo se enforcar. O ideal é deixá-lo livre e confortável em casa.

7- Fim da festa- Ao terminar a festa certifique-se que o pet está em casa e não escapou durante a despedida dos convidados. A agitação da saída das pessoas pode confundir o pet e, caso ele esteja estressado, ser a oportunidade perfeita para uma possível fuga. Fique sempre atento.

Agora, com as instruções e dicas, é só redobrar os cuidados e festejar tranquilamente com  família, amigos e claro, o bichinho!

Kamilla Lemes faz parte do programa de estágio do Jornal O Hoje, sob supervisão de Naiara Gonçalves 

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