Dança: uma forma de celebrar a cultura, a alegria e a vida

Nesta segunda-feira (29), comemora-se o Dia Internacional da Dança. Ideia é promover a diversidade

Postado em: 29-04-2019 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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Nesta segunda-feira (29), comemora-se o Dia Internacional da Dança. Ideia é promover a diversidade

GUILHERME MELO* 

Há mais de 30 anos, é celebrado o Dia Internacional da Dança, lembrado sempre no dia 29 de abril. A data foi promovida pelo Conselho Internacional de Dança (CID), junto a uma organização interna da Unesco, destacando todos tipos de dança. Dentre os objetivos deste dia, estão o aumento da atenção pela importância da dança entre o público geral, assim como incentivar governos de todo o mundo para fornecerem um local próprio para dança em todos sistemas de educação, do ensino infantil ao superior.

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A data comemora o nascimento de Jean-Georges Noverre, o criador do balé moderno. Noverre começou a dançar, ainda adolescente, como aluno de Louis Dupré, na Académie Royale de Musique et Danse, hoje a Opéra de Paris. Sua estreia como bailarino foi na Opéra-Comique (em Paris). Em Berlim, a serviço de Federico de Prússia, conviveu com famosos bailarinos como Jean Barthélémy Lany e com Barbarina Campanini. Ainda em Paris, foi mestre da Opéra-Comique, onde organizou, em variados gêneros, as danças da companhia, garantindo a bilheteria. Começou a ter sucesso com a criação do Balé Chinês. Noverre trabalhava pela democratização da dança, por isso foi escolhida sua data de nascimento para representar o dia. 

Festival de Dança de Joinville

Mesmo com algumas dificuldades, o Brasil costuma exportar bailarinos clássicos, um tipo de talento que tanto brilha nos palcos do mundo todo, e pouco sabemos que um dos maiores centros de desenvolvimento desses artistas é uma cidade em Santa Catarina. O Festival de Dança de Joinville é um dos mais conhecidos do Brasil. Foi criado em 1983, e, atualmente, é considerado, pelo Livro Guinness dos Recordes, como o maior evento do gênero do mundo em número de participantes – cerca de 4.500 bailarinos. Cada edição do festival dura 11 dias, que ocorre no mês de julho.

Há 36 anos, o evento é referência nacional e internacional para quem vivencia a dança. Por seu palco, passaram jovens bailarinos e coreógrafos que, hoje, se destacam profissionalmente. Grandes companhias do Brasil e do mundo já brilharam nos palcos de Joinville ao longo das três décadas de existência do evento, a exemplo de Mikhail  Bayshnikov e Hell’sKitchen Dance (EUA); Ballet Bolshoi (Rússia); David Parsons (EUA); Teatro Colón (Argentina); S’poart (França); Mazowske (Balé Nacional da Polônia); os Balés Municipais do Rio de Janeiro e de São Paulo; Ana Botafogo, Cecília Kerche e Carlinhos de Jesus.

Diversidade 

O Brasil é um País com a mescla de diversas culturas, levando a diversas festas tradicionais, transformadas em grandes espetáculos de massa e alegres folias populares. Exemplo disso é o próprio Carnaval, a maior festa popular do mundo, que é celebrada de diferentes formas, dependendo da região do Brasil.

Norte: A maior região do Brasil – por território – possui muitas danças regionais típicas. A maioria é baseada na cultura indígena, como é o caso da dança do Carimbó. A dança, além da indígena, é de origem portuguesa, e seu nome significa, em tupi, o “tambor feito do tronco da árvore”. É esse o instrumento musical mais comum nessa manifestação cultural.

Nordeste: A região possui diversas danças regionais típicas; uma das mais famosas é o frevo. Originário de Pernambuco, o estilo é uma marchinha acelerada que não possui letra, sendo tocada por uma banda em diversos blocos carnavalescos pela região. Baseia-se na fusão de vários ritmos, como o maxixe, dobrado e a marcha.

Sudeste: Uma das danças mais conhecidas da região é o batuque, uma dança de origem africana que foi proibida na época colonial pelos padres. Muito popular em algumas cidades do interior de São Paulo, é dançado em terreiro ou praça pública. Outra dança popular da região é a folia de reis, cujo objetivo original é celebrar a atitude dos três reis magos – para os cristãos católicos.

Sul: A região recebeu grande influência da Europa, possuindo uma cultura diferente da maior parte do País. Suas danças típicas não fogem dessa regra, como a chimarrita e a congada. A chimarrita foi trazida de Portugal. Trata-se de uma dança com os movimentos coreografados, passos valsados às batidas das palmas e do sapateado. Já a congada é um desfile, originário da Angola e do Congo, que possui uma forte ligação com a religião.

Goiás: região de diversos estilos de dança

Em Goiás, a congada e a catira são alguns dos destaques da dança. Na congada, dois grupos de homens, vestidos de vermelho e azul, simulam uma batalha; enquanto isso, cantam e dançam ao som de viola e percussão. A catira é realizada por homens que, em frente um ao outro, sapateiam e batem palmas no ritmo da viola. 

O balé goiano é outro grande destaque do Estado:  já levou bailarinos para brilhar fora do Brasil – em países como Rússia, França, Suíça e Estados Unidos. O Grupo de Balé do Teatro-Escola Basileu França e o Balé do Centro Cultural Gustav Ritter são exemplos de preparação e formação desses bailarinos goianos.

*Integrante do programa de estágio do jornal O HOJE sob supervisão da 

editora Flávia Popov 

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