Sérgio Guizé lança primeira parte do álbum ‘À Deriva’, um pedaço do seu universo multifacetado

O cantor e compositor Sérgio Guizé apresenta seu trabalho ‘À Deriva’, este que ele considera como “música para o mundo”.

Postado em: 02-12-2021 às 09h33
Por: Lanna Oliveira
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O cantor e compositor Sérgio Guizé apresenta seu trabalho ‘À Deriva’, este que ele considera como “música para o mundo” | Foto: Reprodução/Internet

Cartola, Sergio Godinho, Belchior e Secos e Molhados sem dúvidas são grandes representantes da música. Eles ajudaram a construir a identidade musical que vemos em diversos gêneros e inspiram até hoje nomes como Sérgio Guizé. Artista multifacetado, Guizé acaba de lançar a primeira parte do seu álbum ‘À Deriva’. Projeto este, que apresenta outra parte do universo do cantor e ator. Em entrevista ao Essência, o próprio define o atual trabalho como independente e sincero. As cinco músicas já estão disponíveis em todas as plataformas digitais.

Nascido em Santo André (SP), Sérgio Guizé desde muito novo mostrava suas habilidades artísticas. Ele pinta, toca e representa, e de maneira orgânica e intuitiva, formou sua essência criativa. A vida sempre foi sua maior inspiração, “é muito bom se comunicar através dessas linguagens, a vida é a matéria prima”, diz. Todas as suas perspectivas sobre a vida são referências para este trabalho, tanto quanto os artistas homenageados Cartola, Sergio Godinho, Belchior e Secos e Molhados.

Sérgio Guizé revela que esses músicos já faziam parte da sua trajetória musical e trazem em suas composições nuances que conversam com seu atual trabalho. “São artistas que eu já tocava e que as composições dialogam com o universo de ‘À Deriva’”, explica o cantor. Cartola, Sergio Godinho, Belchior e Secos e Molhados fazem parte do hall de artistas que transcendem gerações. Eles, cada um ao seu estilo, influencia o comportamento musical de forma que até hoje são lembrados e exaltados no mercado musical.

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Com muita referência, homenagens e participações importantes o vocalista e guitarrista da banda Tio Che, que também brilha na segunda temporada da série ‘Verdades Secretas 2’, traz à tona neste projeto solo todo o seu talento para composição e sua pluralidade artística. As composições das dez canções do álbum tiveram início no primeiro mês de pandemia. “Tudo começou quando comecei a refletir sobre o tema à deriva. Fui escrevendo e mostrando as letras para possíveis parceiros”, relembra Guizé.

Desde a composição até a produção, o artista recorre a um processo criativo independente e colaborativo. Isso resultou nas músicas ‘À Deriva’, frase dita pelo seu amigo Mário Bortolotto; ‘Desligar’, parceria com o Renato Azambuja; ‘Palo Seco’ do eterno Belchior; ‘Contra o Vento’ do seu amigo Paulo de Tharso, falecido em 2013; e ‘Um Pouco Mais de Mim’, parceria com a Bianca Bin, André Gieswein e Clausem Bonifácio, com participação nos violões de Gabriel Selvage e Bosco Oliveira.

Com produção da Zulim Sounds, o álbum conta com os músicos Jorge Bittar (Surf Sessions), Renato Azambuja (Surf Sessions), André Gieswein (Tio Che), Paulo Verissimo (Distintos Filhos), Kiko Peres (Natiruts), Deniel Moraes, Robenita e Loyd (Back vocals), Diego Basanelli (violão) e Salvador Guizé (piano). “Foi mágico. Tudo aconteceu de uma maneira muito espontânea e natural. Estou extremamente feliz com o resultado, pois esse trabalho conta um pouco mais de mim como artista”, afirma Guizé.

Muitos compositores dizem que o sentimento de conceber uma música é de estar colocando no mundo um filho, e não se escolhe um filho preferido. Mas para Sérgio Guizé, questionado se tem alguma música com um significado especial, sem titubear responde ‘Contra o Vento’. Uma homenagem ao seu amigo Paulo de Tharso, que faleceu antes de gravar a música. “Lembro dele quando escuto e fico feliz”, conta. Ele ainda adianta quais as músicas que viram na próxima parte do projeto. ‘Sangue Latino’, de João Ricardo e Paulinho Medonça; ‘Grão da Mesma Mó’, de Sergio Godinho; ‘Amor pra Toda Vida’, de Marcos Araújo; ‘Peito Vazio’, de Cartola; ‘Je Suis Venu te Dire que Je M’en Vais’, Serge Gansburg.

Artista que conversa com o público de muitas maneiras, Guizé diz equilibrar bem suas várias funções e que o público abraça todas as suas versões. “Cada qual no seu tempo. Quando estou gravando uma novela, por exemplo, vou escrevendo impressões, tocando, pintando e quando termina o trabalho na TV já tenho algo bem encaminhado. É só juntar tudo e finalizar, criando um show, exposição ou até mesmo teatro, para próxima temporada de vida. E a recepção do público é sempre muito boa, um estímulo pra continuar produzindo arte”, finaliza Sérgio Guizé.

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