Para evitar inação da PGR, Renan pretende desmembrar relatório final da CPI

Programada para encerrar as reuniões na segunda quinzena deste mês, o relator da Comissão de Inquérito Parlamentar, senador Renan Calheiros (MDB-AL) decidiu

Postado em: 10-10-2021 às 11h57
Por: Nielton Soares
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Aras tem sido criticado pela inércia sobre casos que envolve o presidente Jair Bolsonaro, tendo até situações embaraçosas com o STF | Foto: reprodução

Programada para encerrar as reuniões na segunda quinzena deste mês, o relator da Comissão de Inquérito Parlamentar, senador Renan Calheiros (MDB-AL) decidiu adotar uma estratégia para evitar interferência ou omissão do Procurador-Geral da República, Augusto Aras.

O senador deve enviar ao chefe do Ministério Público (MP) somente trechos do relatório final, parte que cita autoridades com foro privilegiado e que podem ser investigadas apenas pela PGR. Assim, quem não estiver nesse rol será encaminhado para outras instâncias do Ministério Público Federal (MPF).

Reconduzido ao comando do MP, Aras tem sido criticado por não avançar em investigações sensíveis ao governo de Jair Bolsonaro (sem partido). Algumas situações de inércia do procurador-geral já o colocaram em “saias justas” com o próprio Supremo Tribunal Federal (STF).

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Em agosto deste ano, Aras chegou a receber o ultimato de três ministros diferentes para se manifestar em relação a processos envolvendo o presidente da República. Internamento, procuradores e subprocuradores apontam que o procurador-geral falha no dever basilar de se pronunciar em processo, quando requisitado pelo juízo.

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