Mais de 200 casos de censura vem a tona desde da repercussão do filme de Danilo Gentili 

Desses casos, 72% partiu do Poder Executivo Federal, sendo seu maior representante o presidente Jair Bolsonaro

Postado em: 17-03-2022 às 15h34
Por: Cecília Sampaio
Imagem Ilustrando a Notícia: Mais de 200 casos de censura vem a tona desde da repercussão do filme de Danilo Gentili 
Desses casos, 72% partiu do Poder Executivo Federal, sendo seu maior representante o presidente Jair Bolsonaro | Foto: Reprodução

Desde o começo da repercussão do caso do filme “Como se tornar o pior aluno da escola”, que sofreu censura pela repercussão de uma cena, voltou-se o foco sobre outros casos desse tipo no governo Bolsonaro. O relatório do Movimento Brasileiro Integrado pela Liberdade de Expressão Artística (Mobile)  divulgou relatório onde o Brasil registrou 211 casos de censura nos últimos 3 anos.

Desses casos 72% partiu do Poder Executivo Federal, sendo seu maior representante o presidente Jair Bolsonaro. Somente de janeiro a fevereiro deste ano foram registrados 11 casos, cinco a menos do que durante todo o mandato de Michel Temer. 

O caso do filme do Fábio Porchat e do Danilo Gentili surpreendeu por ser um filme lançado há 5 anos. Ele passou por todos os órgãos na época e, de acordo com o que Gentili falou ao Morning Show, foi elogiado quando exposto para a Coordenação de Classificação Indicativa (Cocind).

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O problema levando veio depois de apoiadores do Bolsonaro trazerem um corte de uma cena do filme acusando á pedofilia. Porchat disse se tratar de uma estratégia para aumentar a popularidade do presidente em uma semana em que o foco estaria na alta do combustível.

Relação do governo com a cultura

Desde sua campanha eleitoral, o presidente Jair Bolsonaro disse que o setor cultural não seria valorizado, depois de eleito extinguiu inclusive o Ministério o tornando uma secretaria.

Ele vem trilhando o caminho de inimizade com o setor rechaçando a emissora Globo e diversos artistas que não eram a favor do seu governo. O atual secretário, Mário Frias, que pertencia a classe por ser ator, não facilitou a relação em nenhum momento se posicionado diversas vezes contra classe.

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