Oficial vai notificar Lollapalooza e descobre que empresas mencionadas na ação não têm ligação com evento

Patrícia Scheifer esteve no Autódromo de Interlagos, mas representante da organizadora disse não conhecer condenadas na liminar

Postado em: 27-03-2022 às 18h03
Por: Augusto Diniz
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Patrícia Scheifer esteve no Autódromo de Interlagos, mas representante da organizadora disse não conhecer condenadas na liminar | Foto: Divulgação/TSE

A oficial de Justiça Patrícia Scheifer descreveu na tarde deste domingo (27/3) na certidão de tentativa de notificação do Festival Lollapalooza que esteve no endereço da empresa condenada pela liminar concedida pelo ministro do Tribunal Superior Eleitoral, Raul Araújo, que proibiu manifestações políticas favoráveis a pré-candidatos no evento. Ao chegar na Rua Oscar Freire, número 379, em São Paulo às 13h24 de hoje, descobriu que Frederic Poirot não tem escritório no prédio descrito na ação proposta pelo PL.

Em seguida, a oficial de Justiça se dirigiu ao Autódromo de Interlagos para intimar a empresa Lollapalooza Brasil Serviços de Internet LTDA. a cumprir a decisão judicial. Ao chegar no local, às 15h07, foi atendida pela advogada Fernanda Sanches Pinheiro Soares, que representa a T4F Entretenimento S.A., realizadora do festival. A advogada disse a Patrícia, depois de ler o teor da notificação, que não conhece a empresa condenada pelo Tribunal Superior Eleitoral.

Como o partido do presidente Jair Bolsonaro, o PL, processou uma empresa que não tem ligação com o evento, o TSE condenou em caráter liminar alguém que nada tem a ver com as manifestações políticas dos artistas. Com isso, o ato judicial do ministro Raul Araújo, inicialmente, não tem qualquer efeito legal.

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A outra empresa condenada pela decisão do TSE por meio da concessão de liminar é a Latin Investiment Solutions Participações LTDA., que também não tem ligação com o Lollapalooza no Brasil. No caso da segunda empresa, foi indicado um e-mail, que a Justiça descobriu ser inexistente.

Leia abaixo a descrição da oficial de Justiça sobre a tentativa de intimar a empresa condenada, que nada tem a ver com o festival, a cumprir a decisão liminar do TSE:

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