Vereador Kleybe Morais falta à sessão na Câmara após denúncia envolvendo assessora do gabinete

A ausência ocorre em meio à denúncia do jornal O Hoje desta quinta, que revelou um esquema de vendas de diplomas falsos por parte da assessora parlamentar Nubia Pereira da Silva Ribeiro.

Postado em: 19-05-2022 às 15h39
Por: Redação
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A ausência ocorre em meio à denúncia do jornal O Hoje desta quinta, que revelou um esquema de vendas de diplomas falsos por parte da assessora parlamentar Nubia Pereira da Silva Ribeiro | Foto: Reprodução

O vereador Kleybe Morais (MDB) não participou da sessão da Câmara Municipal de Goiânia desta quinta-feira (19/5). A ausência ocorre em meio à denúncia do jornal O Hoje, que revelou um esquema de vendas de diplomas falsos por parte da assessora parlamentar Nubia Pereira da Silva Ribeiro, integrante do gabinete de Kleybe.

Conforme revelado, Nubia Ribeiro cobrava R$ 100 para emitir diplomas falsos de pós-graduação para interessados. As vendas foram feitas principalmente nas últimas semanas, depois que aprovados no processo seletivo simplificado 001/2021 da Secretaria Municipal da Educação (SME) foram ao local solicitando, às pressas, horas correspondentes a uma pós-graduação exigida pelo edital do certame.

Em contato com o gabinete do vereador, um assessor confirmou a ausência de Kleybe, informando que estaria cumprindo agenda externa. Segundo o assessor, Nubia também não compareceu à Câmara.

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Entenda

Apuração do Hoje descobriu que a Nubia oferecia cursos de pós-graduação para aprovados em processo seletivo da SME. Em contato com a assessora, um repórter perguntou como conseguiria um certificado. Diante de dois menores aprendizes, Nubia chamou o repórter a uma sala, fechou a porta, pediu documentos e R$100. “O que eu consigo pra você é fazer o curso de 360 horas que é o que eles estão pedindo. Preciso entrar e fazer seu curso, link por link e fazer a prova”, disse, prometendo entregá-lo em 1 hora.

Nubia ainda explicou que “mudaria” a data de conclusão do curso. “Precisa colocar especialização e a data tem que ser anterior à sua convocação.” Na conversa, a servidora sugere outra pessoa envolvida na fraude. “Eu faço a transferência pro menino [pessoa que edita o certificado] e ele faz o que precisa fazer e depois eu te mando o documento pronto no WhatsApp.”

A negociação continuou pelo celular. A reportagem enviou dados aleatórios – nomes e números de RG e CPF – para comprovar a fraude e, depois de enviar, via PIX, o valor exigido, recebeu o certificado do Instituto Nacional de Aperfeiçoamento Profissional, que oferece cursos livres no site Só Educador, com sede em Barbalha, no Ceará. O código do certificado, no entanto, correspondia à conclusão de curso de uma outra pessoa.

Já na quarta-feira (18/5), Núbia foi confrontada sobre a cobrança e a falsificação do documento. Inicialmente, negou qualquer participação. Em seguida, após ser indagada, respondeu, com a voz trêmula: “Você acha que eu sou boba de responder e depois me prejudicar?’’. Sobre o valor recebido, ela volta a se defender: “Você tá querendo que eu me denuncie, me entregue?”.

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