Maia volta defender redução de ministérios em lugar de criação de impostos

“Em tese, se o governo quer criar impostos, eu prefiro discutir o lado das despesas", disse ele, após reunião com o presidente do STF

Postado em: 22-02-2018 às 13h35
Por: Márcio Souza
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“Em tese, se o governo quer criar impostos, eu prefiro discutir o lado das despesas", disse ele, após reunião com o presidente do STF

O presidente da Câmara, Rodrigo
Maia (DEM-RJ), reafirmou hoje (21) que defende a redução do número de
ministérios em vez do aumento ou criação de impostos para gerar receita
orçamentária. Depois de se reunir com a presidente do Supremo Tribunal Federal
(STF), Cármen Lúcia, para tratar do projeto de lei que estabelece um teto para
os supersalários, Maia defendeu a retomada de uma pauta de contenção dos gastos
obrigatórios do governo.

“Em tese, se o governo quer criar
impostos, eu prefiro discutir o lado das despesas. É por isso que eu fiz, de
forma simbólica, aquela frase ontem [quarta-feira], mas eu acho que de fato a
gente tem que discutir despesas. O brasileiro não quer pagar impostos”, disse.

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Em paralelo à discussão do
projeto da reoneração da folha de pagamento, que deve ser votado nas próximas
semanas no plenário da Câmara, Maia disse que pediu aos técnicos da Casa “que
preparem algumas alternativas olhando esse lado das despesas”. Ele adiantou que
vai criar vários grupos de trabalho para analisar diferentes temas ao longo do
primeiro semestre, que podem contribuir para o cumprimento da chamada regra de
ouro e do teto de gastos em 2019.

Além das matérias que tratam do
equilíbrio das contas públicas, o presidente reafirmou que a pauta da Câmara
deve priorizar os projetos de segurança, entre eles, o que cria o Sistema
Integrado de Segurança Pública; o que endurece a legislação de combate ao
tráfico de armas e drogas e o projeto que altera lei de execuções penais. Maia
acredita que a discussão em torno desses temas devem começar ainda na próxima
semana.

Mais cedo, o presidente da Câmara
se encontrou com o Comandante do Exército, general Villas Boas. Segundo o
deputado, o objetivo da visita foi estabelecer um diálogo de cooperação sobre a
situação da segurança do Rio de Janeiro. Maia disse que, junto com o
comandante, o observatório de acompanhamento criado pela Câmara deve acompanhar
os indicadores da segurança e levantar soluções para as causas da violência no
Rio.

“A gente tem um trabalho de curto
prazo, que é organizar a segurança pública, mas tem um trabalho de médio e
longo prazo, que não é a intervenção por si só que vai resolver, que é um
trabalho em conjunto dos prefeitos [das cidades] do Rio, do Poder Executivo
local e do Legislativo”, disse. 

Com informações da Agência Brasil. Foto: Reprodução 

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