“Tenho consideração Especial pela Câmara”

Declaração do prefeito Iris Rezende ocorre em momento de embate jurídico entre Prefeitura e Câmara de Goiânia sobre o chamado IPTU do “puxadinho”

Postado em: 28-02-2018 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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Declaração do prefeito Iris Rezende ocorre em momento de embate jurídico entre Prefeitura e Câmara de Goiânia sobre o chamado IPTU do “puxadinho”

Lucas de Godoi*

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Os embates jurídicos entre a Prefeitura e a Câmara de Goiânia não significam desconsideração com os vereadores, disse o prefeito Iris Rezende na manhã desta terça-feira, ao participar de entrevista à Radio Sagres 730.

“Eu tenho uma consideração muito especial pela instituição, porque foi na Câmara de Goiânia onde comecei minha vida política, minha vida pública. Fui eleito vereador em 1958 e estarei completando agora, em outubro, 60 anos do meu primeiro passo, me elegendo vereador”, respondeu sobre os impasses em torno da discussão do IPTU. 

Sobre a disputa jurídica, o prefeito diz ser necessária, por conhecer a necessidade do município. “Eu tenho 60 anos de prática política. Tenho que saber aquilo que pode e o que não pode”, comentou. “No Judiciário fui ganhando todas as ações que nós entramos. Vetei, derrubaram o veto, eu arguí a inconstitucionalidade da lei e ganhamos novamente”, relembrou sobre as decisões judiciais favoráveis à Prefeitura, que permitem a manutenção da cobrança IPTU do “puxadinho”. 

Mesmo com a grande renovação na Câmara, promovida nas últimas eleições, Iris falou ter estabelecido boa relação, inclusive com os novos representantes. “Estamos em torno de 19 a 20 vereadores. Uma grande quantidade de vereadores novos, então a minha experiência me levou a ir devagar e a entender”, falou. 

O prefeito frisou que uma decisão importante que tomou foi a de não “lotear a equipe”, se referindo à distribuição de cargos em busca de apoio. “Quando você dá um cargo ou a direção de um órgão municipal para um vereador, daí a seis ou sete meses você nota que ele não teve um bom desempenho. Você o exonera e o vereador fica contra”, observou o prefeito sobre sua relação com o Legislativo municipal. 

Na entrevista também foram abordados outros temas, como os mutirões, que levam serviços de zeladoria e assistência à bairros da capital. “Hoje o mutirão é uma instituição utilizada pela ONU em todo o mundo. Tudo começou aqui pela solidariedade do povo. Por isso, eu amo essa cidade, esse povo, pois foi ela que me fez”, reconheceu.

Os problemas financeiros enfrentados pela Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg) receberam crítica do prefeito. Ele classificou a empresa como um “órgão altamente defeituoso sob o aspecto administrativo”. Para resolver o excesso de cargos e altos salários, disse que irá fazer tudo que for lícito. “Não digo privatizar, mas nós vamos tomar atitude a cada dia, a cada mês no sentido de reduzir os custos”, prometeu Iris. (*Especial para O Hoje) 

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