Dino diz que irá processar Eduardo Bolsonaro após acusação sem fundamento

Deputado federal associou ministro ao crime organizado após visita ao Complexo da Maré

Postado em: 20-03-2023 às 11h44
Por: Mariana Fernandes
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Deputado federal associou Dino ao crime organizado após visita do ministro ao Complexo da Maré | Foto: Divulgação/ Agência Brasil

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, afirmou que irá entrar com um processo contra o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL) nesta segunda-feira (20), por suposto crime de racismo e quebra de decoro.

O deputado federal Eduardo, que é filho de Jair Bolsonaro, associou Dino ao crime organizado após visita do ministro ao Complexo da Maré, conjunto de favelas da Zona Norte do Rio de Janeiro. “Flávio Dino, o ministro que entra na Maré, complexo de favelas mais armado do Rio, com apenas 2 carros e sem trocar tiros. Vamos convocá-lo na Comissão de Segurança Pública para explicar o nível de envolvimento dele e seu chefe, Lula, com o crime organizado carioca. Isto é um absurdo!”, disparou o deputado no twitter.

Sobre a publicação, Dino cogitou não acionar a Justiça por considerar que o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) “não merece muita atenção”. No entanto, afirmou que o post pode ter refletido sobre a agressão a milhares de pessoas que “só por serem pobres, estão sendo estigmatizadas de modo vil e covarde”.

“A princípio, nem cogitei entrar com representações porque essa gente não merece muita atenção. Mas fiz uma reflexão quanto à agressão a milhares de pessoas sérias e honestas que, só por serem pobres, estão sendo estigmatizadas de modo vil e covarde”, disse o ministro através das redes sociais. “Em primeiro lugar, há racismo. Além disso, há quebra de decoro, porque é uma mentira deslavada que fui me reunir com os chefes do tráfico. A outra mentira delirante é que estava sem proteção policial”, continuou Dino.

“Essa gente vai em campanha eleitoral à favela da Maré e a outras pedir voto. Depois, diz que quem vai lá é amigo de bandido, como se todos os moradores fossem bandidos. Isso é execrável, hediondo, asqueroso. É inadmissível. Essas pessoas têm que respeitar o povo pobre do país. Temos que nos perguntar sempre se essa gente vai ter auditório para prorrogar esse método fascista de manipulação de fatos para alcançar seus intentos políticos”, concluiu. 

Sobre o argumento do ministro, Eduardo Bolsonaro argumentou que em nenhum momento cogitou ser racista. Confira:

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