Caiado pode concorrer na vice de Tarcísio em 2026

Governador goiano estuda as diferentes possibilidades para a disputa daquele ano

Postado em: 24-05-2023 às 08h45
Por: Yago Sales
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Governador goiano estuda as diferentes possibilidades para a disputa daquele ano. | Foto: Secom

A chegada do ex-deputado estadual Rafael Gouveia no time de confiança de Ronaldo Caiado vai além da acomodação do Republicanos no segundo mandato do governador. Como tem ocorrido em outras praças políticas, enxergando possibilidades tanto no pleito municipal do ano que vem quanto em composição para 2026, a união das duas legendas significa muito para a crônica política em que existe um consenso de viabilidade de projetos que fujam os extremos – da direita à esquerda. 

Ou seja, União e Republicanos se reafirmam como centro-direita, com nomes que, embora estivessem em algum momento ao lado de Jair Bolsonaro (PL), se amparam em discursos menos radicais. Seguindo o líder da ala espiritual do Republicanos, o partido, na pessoa de seu presidente, o deputado federal Marcos Pereira, não tem se aproximado de Lula e, com isso, nada de cargos no terceiro mandato do petista. Por outro lado, a União Brasil de Ronaldo Caiado abocanhou três ministérios – Comunicação, Turismo e Integração e Desenvolvimento Social. 

Não é de hoje que se formata, com especulação, sonho ou estratégia, qual o destino do governador nas eleições de 2026. Se dependesse de aliados, Caiado seria candidatíssimo à Presidência da República. E, ainda, tem o passaporte carimbado para uma das três vagas ao Senado. Outra saída, como já foi dito, sair a vice de algum candidato da direita mais moderada – leia-se Tarcisio Freitas, o governador de São Paulo do Republicanos. E, quiçá, numa composição com Romeu Zema, governador de Minas do Novo. 

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Expectativa não falta. E não é nenhum equívoco interpretar os acenos de Caiado para um projeto pujante para 2026, já que escolheu Rafael Gouveia para a Agência Goiana de Assistência Técnica, Extensão Rural e Pesquisa Agropecuária (Emater). O cargo é um dos mais importantes no organograma do governo, sobretudo em um estado quase que majoritariamente agrário. 

E Rafael, como jovem aposta do Republicanos, abençoado pela Assembleia de Deus – o pai, Josué Gouveia, é presidente do poderoso Campo Vila Nova – e já foi vereador da capital. 

O retorno do Republicanos à base – literalmente – do governo corresponde à fala de Rafael Gouveia após estremecimento do partido com o governador antes da eleição. Enquanto Gouveia apoiava a sua reeleição, o partido caminhou com Gustavo Mendanha. A vaga do senado na chapa, inclusive, ficou com João Campos, que, além de deputado federal à época, presidia a sigla. 

Aparadas as arestas, o jogo político para o incerto futuro de Caiado vai se construindo à medida que promessas do governador vão sendo cumpridas para aliados, aumentar seu poder de influir, junto às lideranças nacionais, de não deixá-lo de fora em apostas para composição de chapa majoritária em 2026. 

O jornal O Hoje publicou recentemente uma reportagem em que contava que, antes da ascensão de Jair Bolsonaro, durante o processo de impedimento de Dilma Rousseff, Caiado era recorrentemente tratado como pré-candidato à Presidência pelo DEM – que, fundido com PSL, se tornou União Brasil. 

A viabilidade para uma candidatura como cabeça de chapa ou a vice, dependerá de muita coisa, entre elas, boa relação com os partidos. E, a lealdade, deve contar muito. Por enquanto, a primeira-dama Gracinha Caiado tem sido propagandeada como pré-candidata ao Senado pelo UB. 

Contudo, o texto do repórter do Hoje Francisco Costa publicado nesta terça-feira, dia 23, traz a interpretação de que antecipá-la como nome ao Senado pode ser uma estratégia para deixar a “vaga” guardadinha. É que, caso não haja consenso para majoritária, Caiado deve pegar o caminho de volta ao Senado Federal.

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