Programa de aprendizagem goiano é citado como exemplo

Da Redação

Na última semana, durante uma Audiência Pública sobre a
Erradicação do Trabalho Infantil realizada pela Prefeitura  Municipal de
Senador Canedo, por meio da Secretaria Municipal de Assistência Social a
auditora fiscal do Ministério do Trabalho em Goiás, Katleem Maria, ministrou
uma palestra com o tema “ Não proteger a criança é condenar o futuro”.

Na oportunidade, diante da instrução a auditora fiscal do
Trabalho (Katleem) fez referência ao Programa de Aprendizagem “Jovem é o
Futuro” de autoria do parlamentar, Emilson Pereira, vereador de Goiânia, como
um exemplo a ser seguido e aplicado nos demais Municípios do Estado de Goiás. O
Programa  foi sancionado recentemente pelo prefeito, Iris Rezende,  e
oferece aos adolescentes de 14 a 18 anos oportunidades de emprego na
administração municipal, sem comprometimento dos estudos. Podendo gerar cerca
de três mil empregos.  De acordo com ela, a inclusão laboral do jovem como
aprendiz é a melhor maneira de manter o jovem na escola, oferecendo a ele uma
capacitação profissional de qualidade, além de se tratar de uma ferramenta
fundamental no combate ao trabalho infantil. “Também é vantajoso para as
empresas, que têm redução de 6% na alíquota do Fundo de Garantia por Tempo de
Serviço (FGTS)”, explica.

Para a assistente social, Rosana Cristina, que também ministrou
palestra e participou ativamente da organização da Audiência Pública o Programa
de Aprendizagem é a realização de um sonho antigo para os assistentes. “Os
jovens precisam de oportunidade e de uma estabilidade para ingressar no mercado
de trabalho. A maior dificuldade que encontramos, junto aos jovens, é conciliar
o trabalho com os estudos”, declara Rosana.

A solenidade aconteceu na Faculdade ITEG, no Residencial
Araguaia, em Senador Canedo. Estiveram presentes  jovens estudantes,
assistentes sociais, conselheiros e vereadores. A ação reafirma o compromisso
das autoridades com as crianças e adolescentes.

Importância social da aprendizagem

Empresários que admitem aprendizes cumprem a função de
proporcionar a inclusão social com o primeiro emprego para os mais jovens e
contribuem para a formação dos futuros profissionais do país, garantindo os
direitos trabalhistas, como carteira de trabalho, férias e 13º salário. 
Além do objetivo social, o empresário tem a oportunidade de difundir, de
maneira legal, os valores e a cultura de sua empresa.

Segundo números do Ministério do Trabalho, 403 mil adolescentes
foram inseridos por meio de programas de aprendizagem em 2015, e, desse total,
mais de 50% dos que concluíram o contrato permanecem na empresa. Por outro
lado, dados da Pesquisa Nacional de Amostra por Domicílio (PNAD) 2014, do
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostram que, dos cerca
de 3 milhões de crianças e adolescentes em situação irregular de trabalho no
país, 2,7 milhões se encontram na faixa etária entre 14 e 17 anos.