Goiânia fez 90 anos e o maior presente foi para o prefeito

Após festança, nonagenário da capital, que teve uma programação talvez nunca vista, mostra força de Rogério Cruz

Postado em: 25-10-2023 às 08h30
Por: Yago Sales
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Após festança, nonagenário da capital, que teve uma programação talvez nunca vista, mostra força de Rogério Cruz | Foto: Reprodução

Depois de uma festa de arromba, além da bagunceira boa que fica, pratinhos, balões, cartazes, mesas e cadeiras espalhadas, é a hora de desembrulhar os presentes. Numa análise, é perceptível que o prefeito foi quem ganhou o maior e melhor presente do ano.

Calhou de, como diria alguém com luxúria vocabular, que o nonagésimo aniversário de Goiânia ocorresse a pouco menos de um ano de um grande desafio ao prefeito da capital, Rogério Cruz, do Republicanos: a eleição que pode lhe dar mais quatro anos de mandato. E que festa, hein?! Que programação!

Não teria como caprichar, independentemente do que a crítica pudesse apontar no aspecto político do chefe do executivo não poderia, de maneira alguma, não comparecer ao evento, se fazendo de persona non grata da própria cidade que o acolheu há quase duas décadas. Que o levou duas vezes à Câmara Municipal. 

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Cruz e sua equipe não devem ter dormido nos últimos dias. Com uma agenda invejável, da madrugada à outra, em todas as regiões da cidade, Cruz foi tratado como se deve tratar o prefeito de uma cidade como Goiânia: com respeito. Claro que houve algumas exceções, mas quem nunca, não é? Lembrando que o aniversário da cidade calhou, olha a palavrinha aí, no meio de uma greve de servidores do administrativo da educação que fizeram uma passeata paralela ao desfile da comemoração dos 90 anos da capital. 

De qualquer forma, é indiscutível que Rogério saiu – e muito – mais forte depois de uma programação que teve uma centenas de ações espalhadas pela cidade. E não poderia faltar a trilha sonora que costuma embalar a maioria de bares, distribuidoras de bebida – que se multiplicam a cada dia – e shows pela cidade: o bom e velho sertanejo. Para fechar com chave de ouro, a cidade ouviu, gratuitamente, na noite de elite da festança, o mais adorado dos goianos – Gusttavo Lima não é de Goiás, viu, ele é mineiro -, ou seja, Leonardo. 

A gente já contou a história de Rogério Cruz sob vários aspectos: político, religioso, familiar, aliado, desafeto, vereador e prefeito. Mas um ponto é inegável. Cruz conseguiu ter a sorte de um ganhador na Mega-Sena acumulada ao calhar, na sua gestão, o nonagenário da cidade mais importante de Goiás. 

A festa que durou dias teve o protagonismo do prefeito, que recebeu as personalidades com o jeito carioca com que é conhecido em seu entorno e, desde o início da gestão, tenta imprimir à sua identidade político-administrativa, para, então, conseguir popularidade e ultrapassar a barreira eleitoral que normalmente o elegia: a da Igreja Universal do Reino de Deus, do bispo Edir Macedo, e Record TV. 

Rogério Cruz, naturalmente, não era dos mais conhecidos quando assumiu a cadeira de prefeito de Goiânia em meio ao luto da morte do cabeça de chapa do pleito municipal de 2020, Maguito Vilela. De qualquer maneira, interpreta-se que, com o carisma com que tem tratado o público desde que assumiu, mantendo boa relação com alguns atores políticos, dentre os quais a maioria da Câmara Municipal e com setores importantes, como empresários, ele avança com enorme possibilidade de vencer no ano que vem.

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