Em 2024, PL Goiás deve concentrar esforços em cidades estratégicas

Partido mantém vivo o desafio de conquistar o maior número de prefeituras

Postado em: 28-12-2023 às 12h30
Por: Felipe Cardoso
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Estratégia, no entanto, passa, também, por alcançar municípios-chave, essenciais, pela ótica do grupo, para manutenção do protagonismo político de Bolsonaro no Estado | Foto: José Cruz/ABr

O partido do ex-presidente Jair Bolsonaro segue dando sinais de sobrevivência. Comenta-se, nos bastidores da política nacional, que o PL tende a condensar esforços no financiamento de campanhas em cidades estratégicas onde as lideranças precisam marcar presença a ponto de, primeiro, contribuir com a meta de alcançar o maior número de prefeituras e, segundo, manter vivo o protagonismo de Bolsonaro em Goiás.

Em Goiás, o PL tende a concentrar as apostas em ao menos cinco cidades goianas tidas, nos bastidores, como estratégicas para a sobrevivência do grupo político em solo goiano. A primeira delas passa, claro, pela principal prefeitura: a de Goiânia. A cidade, todos sabem, tem a marca do bolsonarismo. 

Com diversas visitas registradas pela capital enquanto presidente — e também depois disso –, Bolsonaro ampliou significativamente seu favoritismo em meio aos goianienses. O comentário é que o ex-mandatário deve intensificar as visitas em 2024, haja vista que o PL tende a ter como candidato o deputado federal, Gustavo Gayer. Mas não só: a cidade tem como nome forte para a disputa do ano que vem a petista Adriana Accorsi, que, no quesito prestígio, não pode dizer o mesmo sobre o presidente Lula. O político além de não ter penetração em Goiás, sequer visitou a capital ao longo do primeiro ano do governo Lula 3. 

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Outra cidade onde o bolsonarismo tende a mergulhar de cabeça na investida contra o PT é Anápolis. A vizinha possui um peso semelhante ao da capital. Além de funcionar como um ponto estratégico, a cidade ainda conta com o nome do deputado estadual e provável candidato à prefeitura, Antônio Gomide. O petista figura à frente nas pesquisas de intenção de voto. Na tentativa de desidratá-lo, o bolsonarismo goiano pode lançar o nome do ex-deputado federal Vitor Hugo. Se não derrotá-lo, o ex-parlamentar tem chances consideráveis de, ao menos, prejudicá-lo. 

O sudoeste goiano também é alvo de cobiça. Vale destacar, nesse caso, as cidades de Rio Verde e Jataí. Ambas comandadas por simpatizantes do bolsonarismo, o grupo fará o possível para manter poder na região considerada o braço forte do agronegócio goiano. No caso de Rio Verde, o atual gestor não pode concorrer à reeleição e o partido deve contar com candidatura própria. O nome é o do ex-presidente da Assembleia Legislativa de Goiás, Lissauer Vieira. Em Jataí, a situação é tida como mais confortável. Isso porque o atual gestor, Humberto Machado, brigará pela reeleição e figura, com folga, entre os favoritos. 

Ambas as cidades, vale lembrar, são referências nacionais na produção agropecuária, portanto são indispensáveis para uma demonstração de poder. Os municípios também figuram no topo da lista dos ‘mais bolsonaristas’ do Estado que é predominantemente conservador e com raízes sólidas no agronegócio. 

Além de cidades estratégicas ligadas ao Entorno do Distrito Federal, uma outra aposta do PL Goiás recai sobre os ombros da vizinha Aparecida de Goiânia. Nome forte para a disputa, o deputado federal Professor Alcides tem revelado, conforme mostram as pesquisas internas, potencial para preocupar o atual prefeito Vilmar Mariano que buscará a reeleição. 

Mariano tem a máquina, ao passo em que o deputado federal nada de braçada como o único nome da oposição. A leitura é que, em um cenário onde Vilmar não consiga viabilizar seu nome, os aparecidenses não terão escolha senão recorrerem ao projeto de Alcides. Com diversos serviços prestados na cidade, o político é visto, hoje, pelo núcleo duro do PL como uma das principais expectativas de poder em Goiás. 

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