Certo na disputa em 2026, caberá a Daniel pacificar ou superar adversários
“Ele fez e está fazendo o dever de casa. É o nosso candidato a governador”, garante o vice-presidente do União Brasil, Delegado Waldir
Por: Francisco Costa
A chance do vice-governador Daniel Vilela (MDB) não ser o candidato do governador Ronaldo Caiado (União Brasil) à sucessão “é zero”. A fala é do vice-presidente do União Brasil em Goiás, Delegado Waldir. Assim, restará o desafio de pacificar possíveis adversários e superar os opositores certos.
Presidente do PL em Goiás, Wilder Morais tem ambições de ocupar a cadeira do Palácio das Esmeraldas. Ele também é próximo a Caiado, que tenta trazê-lo para a base já nas eleições deste ano, o que poderia adiar os planos do senador, em 2026.
Para Daniel, a saída seria acomodar o PL tanto na chapa majoritária em 2024 — desistindo de indicar a vice de Sandro Mabel (Republicanos, rumo ao União Brasil) pelo MDB —, quanto em 2026, quando poderia destinar uma das vagas ao Senado ao partido de Wilder. Nada é garantido, mas ambas as situações já foram discutidas.
Essa parceria com o PL, inclusive, favorece os planos do governador Caiado, que tem o intuito de disputar a presidência e quer o apoio do partido. Principalmente do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
É preciso dizer, o adiamento dos planos de Wilder não seria tão grande. Isso, porque Caiado renunciaria ao mandato para disputar a presidência e Daniel já estaria disputando reeleição. Com isso, o senador poderia retomar o projeto já em 2030.
Mas de volta aos adversários, em 2026, o também senador Vanderlan Cardoso (PSD) pode concorrer ao governo, caso não seja eleito prefeito de Goiânia neste ano — ele é pré-candidato ao Paço da capital. Neste caso, a eleição talvez fosse o mais benéfico para o projeto de governo de Daniel, apesar de ir contra os planos da base para a cidade.
O melhor dos mundos seria trazer Vanderlan, neste momento, para o grupo. Essa possibilidade, contudo, provavelmente se perdeu na escolha de Mabel como pré-candidato da base, uma vez que eles têm perfil semelhante.
Outro nome já colocado como pré-candidato é o do ex-governador Marconi Perillo (PSDB). Neste caso, não há acordos. Caberá a Daniel, simplesmente, trabalhar para superar o tucano no páreo. De fato, o emedebista já tem atuado para se acostumar à cadeira. Ele assumiu o mandato interino como chefe do Executivo de Goiás em seis ocasiões.
A última vez foi no mês passado, quando o governador esteve em missão em Israel. Já a primeira vez que Daniel assumiu o cargo foi quando Caiado e a primeira-dama Gracinha tiraram breves férias na Europa, ainda no primeiro semestre.
Na segunda vez, o chefe do Executivo foi a Portugal para um evento com o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, em junho, enquanto a terceira ocorreu em agosto, quando o gestor estadual titular esteve em Pernambuco, participando da Lide – Grupo de Líderes Empresariais.
Em setembro do ano passado, Daniel assumiu quando Caiado viajou à Argentina. Na quinta, em novembro, o governador viajou à China para assinar acordos estratégicos.
Em outubro, Caiado chegou a destacar o sucessor. “Daniel já demonstrou que é capaz de enfrentar qualquer desafio, demonstrando uma dedicação incansável, independente de finais de semana ou feriados”, disse e emendou: “É um jovem que compreende profundamente as necessidades da população e trabalha incansavelmente para servir ao povo goiano.”
Chance zero de não disputar
Em entrevista recente, o vice-presidente do União Brasil em Goiás, Delegado Waldir, afirmou que a chance de Daniel não disputar o governo de Goiás em 2026 é zero. Segundo ele, o emedebista tem feito o dever de casa.
Waldir também afasta qualquer possibilidade de Caiado apoiar Wilder e preterir Vilela, como já foi ventilado em alguns momentos, em conversa de bastidores. “Ele fez e está fazendo o dever de casa. É o nosso candidato a governador.”