Eduardo Bolsonaro defende soltura de Chiquinho Brazão, apontado como mandante do assassinato de Marielle Franco

Deputado federal argumenta que é preciso respeitar a Constituição em meio a debates acalorados na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ)

Postado em: 10-04-2024 às 18h05
Por: Isadora Miranda
Imagem Ilustrando a Notícia: Eduardo Bolsonaro defende soltura de Chiquinho Brazão, apontado como mandante do assassinato de Marielle Franco
Deputado federal argumenta que é preciso respeitar a Constituição em meio a debates acalorados na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) | Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Na tarde desta quarta-feira (10/4), durante a sessão da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL) manifestou seu apoio à soltura do deputado Chiquinho Brazão (sem partido), detido por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF) e apontado como um dos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco (Psol) em 14 de março de 2018. 

Em suas declarações, Eduardo Bolsonaro argumentou que o caso Brazão “agora é a isca para que pessoas condenem o deputado para prisão antes do julgamento completado, mesmo fora do flagrante”. Ele ressaltou ainda que “o que menos importa hoje é a liberdade individual do deputado Brazão. O que importa é se vamos seguir a Constituição ou se seremos reféns da nossa votação de hoje”. 

A sessão presidida pela deputada bolsonarista Caroline de Toni, titular da Comissão, foi marcada por polêmicas entre parlamentares da extrema-direita e do Psol. A bancada do Partido Liberal (PL), a maior da Câmara, deve ter maioria de votos em favor da liberdade de Brazão, que é apontado como um dos mentores do crime e supostamente vinculado às milícias do Rio. 

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O movimento em favor da soltura de Brazão ganhou força durante a manhã desta quarta-feira, com crescentes discussões sobre o assunto. Brazão está detido na Penitenciária Federal da Papuda, em Brasília, juntamente com seu irmão, Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro, e o delegado Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil fluminense. 

Por outro lado, a deputada Erika Hilton, líder da bancada do PSOL, criticou as negociações para livrar o deputado da cadeia, afirmando que “é um choque que ainda haja deputados pelos corredores da Casa falando em inconsistências do processo. São seis anos esperando uma resposta para o caso Marielle”. 

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