Em breve Bolsonaro vem, diz Lissauer sobre visita do ex-presidente a Rio Verde

Prestes a completar 44 anos, Lissauer Vieira não parece nem um pouco ansioso quanto a mais um passo na trajetória de uma biografia que, na última década, demarcou bem o jeito que ele adotaria na vida pública: serenidade, respeito e conversa. 

Pré-candidato à prefeitura de Rio Verde, município a 2 h 44 min (231,1 km) de carro de Goiânia, Lissauer equilibra-se em palavras que conversam com o eleitorado, evitando, por exemplo, provocações sobre – mesmo tendo apoiado-os – não ter tido, pelo menos por enquanto, apoio do governador Ronaldo Caiado (União Brasil) e do atual prefeito de Rio Verde Paulo do Vale. 

“As derrotas te mostram muito mais caminhos do que as vitórias”, afirma Lissauer, que continua, refletindo, antes de responder a perguntas sensíveis, mas também costumeiras sobre o que ele quer promover de mudanças na cidade. “Quando você ganha, você não analisa os erros, já quando você perde…”, diz para, em seguida, complementar: “assim é a vida”. 

Ele reconhece, sem dizê-lo propriamente, que, obter apoio de Paulo do Vale – que já disse que vai apoiar o médico, assim como ele, Wellington Carrijo (MDB) – seria importante porque o prefeito tem boa aprovação no município. Lissauer o apoio à reeleição em 2020, mesmo depois de ter sido, em 2016, seu adversário nas urnas. 

Naquele pleito, o já deputado – na metade do primeiro mandato – Lissauer Vieira ficou em terceiro lugar na disputa. Agora, em 2024, o cenário, como ele próprio analisa, é outro. Ele pode gabar-se de ter, sob o intermédio do presidente do PL em Goiás, o senador Wilder Morais, o convite – a certeza do sim – da presença do ex-presidente Jair Bolsonaro para dar fôlego ao projeto em Rio Verde. 

Voltando à eleição de 2016. Paulo do Vale foi eleito na ocasião com o voto de 47.963 eleitores, ou seja, 49.33% do eleitorado que compareceu às urnas. Em segundo lugar, Heuler Abreu Cruvinel (PSD), obteve 26.988 votos (27.76%). Em seguida, Lissauer, com 19.953 (20.52%). Em 2018, ele foi reeleito para a Alego com dez mil votos a mais e logo assumiu a presidência da Casa, fazendo um trabalho considerado “genial”, de diálogo, respeito com o erário e com colaboração relevante com o Palácio das Esmeraldas. 

Talvez por isso tenha soado estranho que Caiado não tenha demonstrado interesse no projeto de Lissauer. Em 2022, cogitou-se de o governador, disputando a reeleição – que venceu em primeiro turno – lançasse Lissauer como candidato à única vaga ao Senado. Lissauer fez o trabalho de coordenador de campanha mesmo em meio ao luto por ter perdido o pai, o pecuarista Carlos Vieira. “Foi [2022] o pior ano da minha vida”, diz ele, ao lembrar que, além de perder alguém tão importante na vida ter de adiar sonhos da trajetória política, como o de concorrer à Câmara Federal, como queria o seu grupo. 

A expectativa de Lissauer, no entanto, conforme ele afirmou em entrevista na sexta-feira (26) ao Momento Político nos estúdios do Grupo O Hoje, é se tornar prefeito de Rio Verde. “Quero cuidar das pessoas, mostrar que é possível conseguir viver bem em nossa cidade”, garante ele que tem cinco vereadores na cidade que o apoiam. “E temos cinco partidos: PL, PSD, DC, Podemos e PRTB”. 

Sobre a ida de Bolsonaro a Rio Verde para ajudá-lo, ele afirma: “A agenda está a cargo do senador Wilder, que tem mais contato com o presidente [Bolsonaro]. Já tem o caminho de uma agenda. O senador Wilder nos disse que em breve vai ser anunciada a data desta visita do presidente”.