Bolsonarismo marca posição na corrida pelas principais cidades goianas

PL terá nomes em Goiânia, Anápolis, Aparecida, Rio Verde e Catalão, município que registram maior PIB do Estado

Postado em: 27-04-2024 às 10h30
Por: Francisco Costa
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Goiás, um dos Estados que deu vitória ao ex-chefe do Executivo em 2022, é visto como reduto bolsonarista e, por isso, peça destaque neste plano | Foto: José Cruz/ABr

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), ainda em passagem por Goiânia, em 2023, disse que a meta do PL é fazer mil prefeituras pelo País. Goiás, um dos Estados que deu vitória ao ex-chefe do Executivo em 2022, é visto como reduto bolsonarista e, por isso, peça destaque neste plano. 

Dos cinco municípios com os maiores Produto Interno Bruto (PIB) no Estado, em quatro deles o PL é, de fato, competitivo. Conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2023, o quinteto de cidades é formado por: Goiânia (59,8 bilhões), Anápolis (R$ 17,7 bi), Aparecida de Goiânia (16,9 bi), Rio Verde (16,3 bi) e Catalão (R$ 9,9 bi).

Catalão tem como pré-candidato bolsonarista o produtor rural Renato Ribeiro (PL). Hoje, analistas apontam que o cenário deve se polarizar entre o pecuarista Elder Galdino (Republicanos), que conta o apoio dos Sebba, e Velomar Rios (MDB), nome do atual prefeito, Adib Elias (MDB). 

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Como citado, entre os cinco maiores PIB, o município de Catalão talvez tenha o nome que mais precise ser trabalhado. Em Anápolis, a situação também pode apresentar desafios. Isso porque a direita se dividiu, o que beneficia o ex-prefeito e deputado estadual, Antônio Gomide (PT), apontado como favorito nas pesquisas.

Ainda assim, o suplente de deputado federal Márcio Corrêa, que deixou o MDB e se filiou ao PL de Bolsonaro, é visto como um nome de expressão. Em eventual segundo turno, ele pode se unir com a pré-candidata do prefeito Roberto Naves (Republicanos), Eerizânia Freitas (União Brasil).

O município ainda tem outros pré-candidatos como Hélio Lopes (PSDB), Lisieux Borges (PSB), Mariane Stival (PDT), Eugênio Lourenço Dias (PSOL) e José de Lima (PMB). 

Em relação a Rio Verde, o ex-presidente da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), Lissauer Vieira (PL), é o representante do ex-presidente. O nome dele é visto com bastante otimismo entre bolsonaristas. Como principal adversário, ele terá pela frente o apadrinhado do prefeito Paulo do Vale (União Brasil), Wellington Carrijo (MDB).

Região metropolitana

Na região metropolitana de Goiânia, o PL mostra força. Em ambos os municípios, os pré-candidatos, a depender do cenário de pesquisa, lideram. Em Aparecida, o deputado federal Professor Alcides (PL) lançou a pré-candidatura com as bênçãos de Bolsonaro ainda no ano passado. 

O parlamentar terá como adversário o prefeito Vilmar Mariano (União Brasil). Alcides, vale lembrar, já esteve na base do gestor e até indicou nomes para ocupar cargos no primeiro escalão. Todavia, desde o começo de 2023 ele já dava sinais de insatisfação.

Vilmar, que viveu momentos de incerteza, conseguiu se fortalecer no último prazo da janela partidária e garantir o apoio do governador Ronaldo Caiado (União Brasil), inclusive saindo do MDB e indo para o partido do gestor estadual, bem como do vice Daniel Vilela (MDB) e do ex-prefeito Gustavo Mendanha (MDB). A união melhorou as perspectivas do pré-candidato à reeleição. 

Por fim, em Goiânia o nome do PL é do também deputado federal Gustavo Gayer. O cenário na capital, porém, está mais pulverizado e embolado. O parlamentar divide a dianteira com a deputada federal do PT, Adriana Accorsi, e o senador Vanderlan Cardoso (PSD), ambos vistos como forças significativas na corrida eleitoral.

Além disso, Caiado “abençoou” a pré-candidatura do empresário Sandro Mabel (União Brasil), que espera crescer nas pesquisas. O prefeito Rogério Cruz (Solidariedade) também acredita no avanço por meio dos serviços prestados, sobretudo obras e a resolução dos problemas de lixo na cidade.

Há, ainda, o tucano Matheus Ribeiro (PSDB), que busca reconhecimento. Já o empresário Leonardo Rizzo (Novo) aposta no perfil de gestor empresarial e no estilo do partido que tem viés, digamos, menos político. 

Ainda assim, o bolsonarismo cria expectativa de dominar os páreos municipais. Em Goiás, a sigla é liderada pelo senador Wilder Morais, que espera montar um “exército” para lhe dar suporte em 2026, quando pretende disputar o governo.

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