“Eu não queria me apegar a ele”, diz mulher diagnosticada com câncer terminal durante cesariana de seu filho

Durante um momento de felicidade para a família da britânica Lois Walker, de 37 anos, a mulher recebeu uma notícia avassaladora. Ela foi diagnosticada com câncer terminal enquanto dava a luz a ao seu terceiro filho, por meio de uma cesariana, em 2021.

Postado em: 01-06-2022 às 18h28
Por: Ana Bárbara Quêtto
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"Não quero que ninguém passe pelo que estou passando", disse a mulher. | Foto: Reprodução.

Durante um momento de felicidade para a família da britânica Lois Walker, de 37 anos, a mulher recebeu uma notícia avassaladora. Ela foi diagnosticada com câncer terminal enquanto dava a luz a ao seu terceiro filho, por meio de uma cesariana, em 2021. Walker teve dores no estômago por 12 meses, mas o médicos disseram que eram causadas por ansiedade.

Quando o caçula, Ray, nasceu de cesariana, ela foi diagnosticada com câncer em estágio 4, o mais grave de todos. Walker relatou à BBC, que foi em diversas consultas médicas no posto de saúde local, Dove Valley, em Worsbrough (região metropolitana de Barnsley) e no hospital de Barnsley. Entretanto, o diagnóstico dos médicos foi hipocondria, ou síndrome do intestino irritável.

“Não sei o que mais eu poderia ter feito. Era como se ninguém quisesse me ouvir”, ela conta. “Eu disse para eles ‘eu me sinto como se fosse morrer’. Eu queria ser levada a sério. Eu sentia que algo estava muito errado”, disse à BBC.

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No dia do parto, os cirurgiões encontraram câncer nos ovários no peritônio e nos nódulos linfáticos de Walker. “Meu abdômen estava com tumores em toda parte. Eles disseram que era como um saco de areia que havia sido aberto e espalhado por todos os lados”, conta.

O marido de Lois, Dale Wistow, afirma que a doença poderia ter sido detectada antes. “É revoltante, especialmente por causa das crianças. Nós não sabemos o que o futuro vai nos trazer agora”, desabafa o companheiro da mulher.

Lois tem três filhos e conta que o diagnóstico abalou a relação com as crianças. “Eu não queria me apegar a ele, mas ele é o meu raio de luz. Meus filhos são meu propósito [de vida]. Quero concentrar-me em deixar memórias. Se o amor pudesse me salvar, eu não morreria nunca”, relatou.

Walker alerta as pessoas a ouvirem seu corpo e pedirem ajuda quando não se sentirem bem. “Se um único médico ler sobre meu caso e concluir ‘precisamos fazer melhor’, isso é tudo que eu quero”, afirma ela. “Não quero que ninguém passe pelo que estou passando”, conclui.

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