Conheça a história da mulher que encontrou o pai biológico após 38 anos

Jacqueline Ferreira da Silva Vieira passou três décadas sem saber quem era seu pai. Criada pela mãe, ela passou anos acreditando que o pai era outro homem, que nunca quis assumir a paternidade. Aos 38 anos de idade, a mãe de Jacqueline revelou a identidade do pai biológico à filha.

Postado em: 11-06-2022 às 11h01
Por: Ana Bárbara Quêtto
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Em março deste ano, Jacqueline e Edvaldo conseguiram alterar a certidão de nascimento de Jacque com a ação da DPE-GO, 'Meu Pai Tem Nome'. | Foto: Reprodução.

Jacqueline Ferreira da Silva Vieira passou três décadas sem saber quem era seu pai. Criada pela mãe, ela passou anos acreditando que o pai era outro homem, que nunca quis assumir a paternidade. Aos 38 anos de idade, a mãe de Jacqueline revelou a identidade do pai biológico à filha.

A partir de uma situação médica, na qual o filho de Jacqueline estava doente, a mãe dela entendeu que aquele era o momento de contar a verdade sobre a paternidade da filha. Após descobrir o nome do “novo” pai, Jacque começou a procurar Edvaldo Vieira na internet.

Edvaldo não cogitava a existência da filha, uma vez que a mãe da mulher nunca o contou sobre Jacque. O possível pai aceitou fazer o exame de DNA, para não ficar nenhuma dúvida. Jacqueline conta ao O Hoje que, quando Vieira ligou com o resultado do teste ela estava em meio a um assalto à mão armada.

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“No dia que ele me ligou eu sofri uma tentativa de assalto, com o meu filho. Eu tava tão nervosa na hora que ele me ligou que na hora eu não consegui assimilar nada, sabe? Eu tava em pânico. O rapaz estava armado e foi muito difícil nesse momento, mas depois a gente [ela e Edvaldo] sentou e conversou”, relata Jacqueline.

Na ligação conturbada, Edvaldo revelou o desfecho do exame: “Não sei se o resultado que está aqui é o que você quer saber, mas está dizendo que sou seu pai”. Jacque ressalta que, hoje em dia, após seis anos, possui uma ótima relação de pai e filha com Vieira.

“Tanto a convivência com meu pai, com meus irmãos paternos, meus familiares, primos, tios, tias. A nossa convivência é como se eu não tivesse aparecido agora, como se fosse desde o nascimento. Ele [Edvaldo] me liga liga todos os dias e pergunta como estamos”, explica.

Apesar de ter exposto a verdade à Jacqueline, a mãe dela não explicou o motivo de ter guardado esse segredo por tanto tempo. “Mágoa da minha mãe eu não tenho. Ela não justificou o motivo de ter escondido, mas tentei entender. Eu entendi”, ressalta.

Meu Pai Tem Nome

Em março deste ano, Jacqueline e Edvaldo conseguiram alterar a certidão de nascimento de Jacque com a ação da Defensoria Pública do Estado de Goiás (DPE-GO), ‘Meu Pai Tem Nome’. O atendimento ocorreu no dia 12 de março. A alteração foi gratuita e os testes de DNA poderiam ser feitos na hora.

Assim como a Jacqueline, milhares de outras pessoas sem o nome do pai na certidão, ou com o nome errado, participaram do projeto. Segundo a DPE-GO, somente este ano mais de dois mil bebês foram registrados sem o nome paterno.

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