O que se sabe até agora sobre os cinco suspeitos do assassinato de indigenista e jornalista no AM

A polícia tenta reunir mais elementos sobre o suposto mandante do crime. Um terceiro pedido de prisão pode ser expedido em breve

Postado em: 16-06-2022 às 18h03
Por: Rodrigo Melo
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A polícia tenta reunir mais elementos sobre o suposto mandante do crime. Um terceiro pedido de prisão pode ser expedido em breve | Foto: REUTERS/Bruno Kelly

Ao menos cinco pessoas são investigadas pela Polícia Federal (PF) por envolvimento nas mortes do jornalista britânico Dom Phillips e do indigenista Bruno Araújo Pereira. Até o momento, as informações colhidas indicam que três suspeitos de envolvimento direto na morte de Bruno e Phillips. Também há um suposto envolvido na tentativa de ocultar os restos mortais, já recolhidos pela PF, que podem ser do jornalista e do indigenista e ainda um possível mandante.

Duas pessoas já foram presas por suposto envolvimento no crime. Amarildo da Costa Oliveira, conhecido como “Pelado”, que confessou o crime nesta quarta (15/6), e o irmão dele, Oseney da Costa de Oliveira conhecido como Dos Santos. Segundo os Investigadores, há indícios mais fortes a respeito dos executores.

A polícia tenta reunir mais elementos sobre o suposto mandante do crime. Um terceiro pedido de prisão pode ser expedido em breve. Há uma hipótese que o caso tem ligação com crimes anteriores desses mesmos suspeitos.

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Motivação

Em coletiva, o superintendente da Polícia Federal (PF) no Amazonas, Alexandre Fontes, afirmou em coletiva nesta quarta que não é possível dizer a motivação do crime e as investigações seguem em sigilo. As equipes da PF recolheram, nesta quarta, “remanescentes humanos” em um local indicado por Amarildo da Costa Oliveira, que foi detido desde o dia 7. No entanto, a polícia apura se há relação com a atividade de pesca ilegal na região.

Amarildo indicou aos policiais onde teria matado os dois e afundado o barco. Os membros da força-tarefa não citaram a participação dos indígenas nas buscas nem contaram com a participação de um representante. Mesmo não reconhecidos pelas autoridades policiais, a União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja) participou ativamente da denúncia do desaparecimento e das buscas.

Crime

O jornalista e o indigenista desapareceram no último dia 5, no Vale do Javari, na Amazônia. A dupla fazia o trajeto da comunidade ribeirinha São Rafael até a cidade de Atalaia do Norte. Segundo uma fonte da PF, Pereira e Phillips foram mortos a tiros e tiveram os corpos queimados e enterrados.

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